
- Em entrevista ao Blog do Amarildo, prefeito de Valparaíso fala das festividades comemorativas aos 28 anos, em eventos que ocorreram no mês de junho, que segundo ele só aconteceram devido ao bom planejamento. Cita ainda outras ações e desafios, e para completar, afirma que estará diretamente envolvido com as eleições 2024 garantindo que buscará fazer um sucessor
“Minha missão política com a comunidade de Valparaíso vai continuar após 31 de dezembro de 2024. Darei breve pausa após fim do mandato para descansar e cuidar da vida pessoal e família, e logo em seguida, estarei de volta”
Pábio Mossoró, prefeito de Valparaíso de Goiás
POR AMARILDO CASTRO
Único prefeito reeleito em Valparaíso de Goiás, o mandatário Pábio Mossoró (MDB) está agora a um ano e meio de completar o seu segundo mandato. Na última sexta-feira, dia 14, recebeu a reportagem do Blog do Amarildo para uma entrevista, onde falou desde as comemorações dos 28 anos da cidade, que fez aniversário em junho, assim como algumas das principais ações na cidade, dos desafios e aproveitou para falar também das eleições 2024. Veja:
Blog do Amarildo – Valparaíso comemorou em junho 28 anos de emancipação politica, e dessa vez com grandes eventos, em especial shows. Como foi possível, isso não afeta as finanças do município?
Pábio Mossoró – Não, não afeta as finanças porque foi um projeto bem planejado. O recurso foi municipal e o destaque é a organização da nossa Secretaria de Finanças. Hoje a cidade já tem quase 200 mil habitantes, a comunidade precisa e merece entretenimento de qualidade, e a gente entende que muitas pessoas não podem pagar por um show com um artista de maior destaque, então conseguimos esse recurso para trazer para a cidade nomes mais conhecidos na nossa música, de forma gratuita aos moradores e sem prejudicar as nossas finanças.

Há uma espécie de ‘explosão’ demográfica na cidade, segundo o IBGE. Mas isso não refletiu em um aumento desenfreado da violência ou falta de escolas, por exemplo. O que foi feito para evitar isso?
Há, desde o início um compromisso nosso com trabalho. Os bairros que mais cresceram hoje têm novas escolas no geral, conseguimos trazer muitas empresas para geração de empregos, melhoramos a segurança, especialmente com a Guarda Municipal de Valparaíso. A gente já percebia esse crescimento populacional desde o início, e nos preparamos para atender a esse número maior de pessoas. Assim, investimos na Educação, Saúde e na medida do possível, estamos avançando na infraestrutura.
O que o Sr. considera avanço para evitar um colapso na cidade com a chegada de tanta gente?
Na prática, nós avançamos em todas as áreas. Na pasta da Cultura, por exemplo, praticamente não existia investimentos quando assumimos a prefeitura em 2017. Hoje nós separamos recursos para investir numa escola de música, na orquestra, aulas de ballet, de idiomas, tudo de forma gratuita. E assim, as crianças que chegam à cidade no geral também recebem esse tipo de atendimento. Hoje temos uma estrutura ainda na área esportiva, temos um excelente campo sintético (e vem mais outro em breve), temos um time profissional e aulas de futebol, além das pastas da Promoção Social, Desenvolvimento Econômico, Infraestrutura, Habitação, tudo funciona bem e agrega muitos serviços à nossa comunidade.

O que o senhor diz a respeito da pasta da Educação, com mais gente, a demanda certamente aumentou, e está sendo atendida?
Sim, os nossos alunos praticamente dobraram no período de oito anos. Hoje temos 27 mil estudantes da Rede Pública. Tínhamos muitos gargalhos na Educação, eram escolas sem posse de terrenos, muitas irregularidades. Hoje nós conseguimos praticamente zerar esses problemas, assim as escolas têm ‘ficha limpa’ para pleitear recursos em todas as esferas, sejam locais, estaduais ou federais.
Na gestão do senhor, o que foi criado de novo para a Educação?
Nós criamos o Centro Municipal de línguas, que hoje atende cerca de dois mil alunos, inauguramos creches e escolas de educação infantil que estavam paradas, reformamos unidades escolares; foram muitas ações as quais fizeram subir o nosso IDEB, que é o índice nacional que mede a qualidade da nossa Educação. Os trabalhos continuam.
E na área de Saúde, que avanços o Sr. ressalta, há conquistas?
Sim, claro. Quando assumimos não existia atendimento para especialidades. Hoje temos nutricionistas, ortopedistas, cirurgia de cataratas, convênios com laboratórios, reforma do CIAM – Centro Integrado de Atendimento à Mulher – reforma da UPA. Tudo isso gera gasto, mas tivemos o cuidado em fazer um bom planejamento para que os recursos que estão chegando à cidade sejam bem investidos.
A cidade ainda tem muitos gargalos, e um deles é a falta de infraestrutura. Teve início no Anhanguera uma obra de canalização de águas pluviais e asfalto que começou e parou. O que houve?
Quero antes ressaltar que o dinheiro dessa obra está no caixa da prefeitura. O que aconteceu ali foi uma impasse em uma área particular onde precisamos passar a galeria de águas pluviais nessa área. Estamos desapropriando a área por meio de um acordo, que já está resolvido, mas para seguir o trâmite natural de uma obra pública, precisa seguir o ritual exigido. Estamos com todo o cuidado possível para retomar a obra o quanto antes, mas de forma segura para não parar mais.
Que tempo o Sr. acha que é necessário para que a obra seja retomada?
Acredito que até o final desse mês de julho, que na pratica seria entre 10 e 15 dias.
Por ali, no Anhanguera o pessoal reclama que está sendo gasto R$ 61 milhões para resolver o problema de três ou quatro ruas. Como será essa obra?
Não é só três ou quatro ruas. A obra é maio do que está sendo divulgado (comentada) nas redes sociais. A obra é maior e vai beneficiar mais ruas.
A Câmara discute de forma não oficial o número do aumento de cadeiras para parlamentares. O Sr. é a favor?
Hoje temos quase 200 mil habitantes. Mas essa prerrogativa não é minha, é do Legislativo. Acredito, minha opinião é que a cidade hoje comporta uma revisão no número de cadeiras. Defendo que aumente duas vagas, mas isso precisa ser discutido com as comunidade e entre vereadores.
O Sr. é um prefeito de segundo mandato, e hoje parece que até a oposição acha que o mandatário tem a obrigação de eleger o próximo chefe do Executivo senão fica feio para a atual gestão. Qual sua opinião sobre esse assunto?
O nosso grupo político terá um candidato com o meu apoio. Mas a gente é um grupo, e o grupo vai resolver quem apoiar na hora certa. Hoje temos alguns pré-candidatos nesse nosso grupo e vamos escolher um no momento certo. Eu, como prefeito, poderia tomar qualquer tipo de decisão, mas o que já decidi é que o prefeito Pábio terá um candidato a prefeito, porque a cidade precisa continuar com esse nosso projeto e só alguém do nosso grupo poderá dar essa continuidade. Não me sinto na obrigação de eleger um prefeito, mas sim, apoiar para que isso aconteça, e isso eu vou fazer.
“Se for para ter uma obrigação nas eleições 2024, nossa obrigação é escolher um nome que possa ser apreciado pela população, porque o povo é quem vai decidir. Mas eu estarei nas ruas para defender a proposta do nosso grupo de trabalho”
O que o prefeito Pábio vai fazer após o fim da gestão?
Muitos anos de trabalho, vou tirar uns 60 a 90 dias para cuidar das minhas coisas particulares e mais atenção à família, mas a vida política continuará normalmente. Quando eu retornar após breve pausa, estarei junto ao meu grupo, e lembro que a Dr. Zeli é uma peça bastante importante para nosso grupo político local, assim como outros parceiros, dentro e fora da cidade. Assim a vida seguirá. No mais é agradecer à comunidade pelo apoio que recebi até agora, e continuarei buscando retribuir.
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