Para jornalista do Guará, voto impresso e auditável é uma pauta no Brasil

A pauta da transparência no processo eleitoral brasileiro (e o VOTO IMPRESSO E AUDITÁVEL) não é uma pauta de esquerda ou direita, de “bolsominions” ou “esquerdopatas”, de “flamenguistas” ou “vascaínos”, de católicos ou protestantes e nem do “verde amarelo” ou do “vermelho”. É UMA PAUTA DE TODOS OS BRASILEIROS.

O Ministro do STF Luís Roberto Barroso falta com a verdade quando diz que nosso sistema eleitoral é inviolável ou que nunca teve casos de fraudes ou invasões. Falta com a verdade porque o sistema atual não pode ser AUDITADO, CONFERIDO, RECONTADO e QUESTIONADO, ou seja, assim é fácil dizer que ele nunca sofreu ataques ou foi corrompido.

Participo de debates sobre o VOTO IMPRESSO desde 2015 e a cada dia que passa mais me convenço da fragilidade e da vulnerabilidade do SISTEMA ELEITORAL BRASILEIRO. E o mais estranho ainda é ter o TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (TSE) como inimigo da legalidade e da transparência.

Quando o ministro Barroso fala que o VOTO IMPRESSO E AUDITÁVEL vai trazer uma enxurrada de ações judiciais (antigamente dizia que seria muito caro investir na democracia) ele reafirma, nas entrelinhas, a INCOMPETÊNCIA DO TSE e a fragilidade do sistema eleitoral brasileiro.

O nosso sistema é quase uma “jaboticaba”, além, é claro, de ser ultrapassado. Poucos países investem ou confiam na urna eletrônica, e mesmo naqueles que implementam o sistema, a maioria esmagadora tem o VOTO IMPRESSO E AUDITÁVEL. Portanto, é inexplicável e inacreditável a insistência do STF e do TSE em não aceitar um processo eleitoral transparente, justo e confiável.

Hoje quase 70% da população não confia no nosso sistema eleitoral e pouco mais de 75% querem o VOTO IMPRESSO e AUDITÁVEL. Vale lembrar que o VOTO IMPRESSO foi aprovado pelo CONGRESSO NACIONAL e o TSE se recusou a cumprir a lei.

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Texto do jornalista, radialista e historiador Luciano Lima

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