Porto-alegrense envolvido com terrorismo e incitação ao ódio contra judeus é indiciado

Caso é “mais uma evidência da ameaça de que o antissemitismo representa ao mundo”, de acordo com cientista político

Itens encontrados na residência do suspeito indiciado por terrorismo. (Foto: Polícia Federal do Rio Grande do Sul)


Na última sexta-feira (21), a Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Mujahidin e invejou o relatório final à Justiça Federal. A investigação, conduzida em parceria com a Brigada Militar do Rio Grande do Sul e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), apurou a atuação de um morador de Porto Alegre suspeito de planejar ataques terroristas no Brasil. Ele promovia grupos ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico nas redes sociais e incitava o ódio contra a comunidade judaica.

O suspeito mantinha contato com extremistas no exterior e demonstrava interesse em integrar grupos terroristas. Segundo a PF, ele pesquisou formas de fabricar explosivos e realizar ações atentas, além de buscar informações sobre equipamentos e vestimentas para ações desse tipo.

Uma grande quantidade de armas foi encontrada na residência do indivíduo, como facas, machadinhas, armas de airsoft, munições, material incendiário e um colete balístico. Além disso, também foram encontrados itens relacionados a grupos terroristas, como bandeiras, camisetas, livros e revistas, além de materiais que promovem a supremacia da raça branca, o nazismo e incitam o extermínio do povo judeu, segundo a Polícia Federal do Rio Grande do Sul.

A PF classificou o caso como uma ameaça à segurança nacional e solicitou que o investigado respondesse judicialmente por crimes relacionados ao terrorismo, incitação ao ódio e apologia ao nazismo.

“Essa é mais uma evidência da ameaça de que o antissemitismo representa ao mundo, sobretudo com o aumento dos casos registrados após o massacre realizado pelo Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, inclusive no nosso país”, aponta André Lajst, cientista político especialista em Oriente Médio e presidente-executivo da StandWithUs Brasil. “O responsável deve ser punido severamente e as autoridades brasileiras precisam reforçar o combate a esses crimes, a fim de que a atenção antissemita propagada por grupos terroristas não seja divulgada no Brasil.”

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