Poucos vereadores podem ‘se salvar’ na Câmara de Valparaíso em ano de eleição

  • Constantes denúncias de corrupção e supostas propinas podem fazer Casa de Leis ter a maior renovação de cadeiras nas eleições de 6 de outubro

POR AMARILDO CASTRO (ARTIGO)

Continua dando (e muito) o que falar a atuação de alguns parlamentares na Câmara Municipal de Vereadores de Valparaíso de Goiás, especialmente sobre as denúncias de corrupção, que estão sendo ‘ventiladas’ desde o segundo semestre de 2023. E assim, a ‘bomba’ só não é maior porque os próprios pares evitam o andamento das investigações.

E parece ter sido isso o que aconteceu na sessão da última sexta-feira, 10, quando o corregedor da Casa de Leis, parlamentar Edson Negão (PSDB) levou para votação a proposta da criação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar atos de corrupção que suspostamente teriam sido praticados pelos últimos e atual presidentes da Casa de Leis.

Mas como já era esperado, só os quatro vereadores de oposição votaram a favor, levando por água a baixo a criação da CEI, e assim, o ‘bonde da alegria’ continua na mesma direção, ou seja, as denúncias de corrupção ficarão em baixo do tapete em pleno ano eleitoral.

Para se ter uma ideia da gravidade da situação, o documento que ‘pedia’ a abertura de uma CEI citava seis parlamentares da Casa de Leis, e pedia a investigação (passíveis de cassação) de três parlamentares, mas no total passou a ser seis, porque outros três tiveram os nomes citados.

Entre os problemas denunciados mais recentemente, inclusive, estão contratos firmados com empresas de prestação de serviços, uma reforma sem licitação na Casa de Leis no início deste ano de 2024 e outras demandas (de suposta corrupção).

Eleições

Apesar de cada um dos parlamentares supostamente envolvidos em tais fatos, resta saber agora como vai se comportar os eleitores em 6 de outubro. Para aqueles parlamentares que estão acreditando que o ‘bonde da alegria’ passa pelo voto, podem ter uma surpresa nas eleições deste ano.

Quero aqui citar que embora este canal não tenha acompanhado todos os detalhes dessas denúncias, alguns casos são fatos, como o calote que a imprensa local levou do próprio Legislativo em dezembro de 2023, quando recebeu autorização para publicação de uma campanha institucional e não recebeu os valores.

Além disso, neste ano eleitoral, pouca coisa na Câmara funciona direito, a começar pelo seu próprio portal, que ‘esconde’ várias ações do Legislativo que deveriam ser públicas. Uma tal licitação para contração de uma agência de publicidade também continua em ‘banho maria’.

De resto, a comunidade local pode avaliar em 6 de outubro.

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