Buscas chegaram ao fim depois de longo trabalho de inteligência feito pelos agentes da 4ª DP. José Paulo Trindade foi preso em Ribeirão Preto, em São Paulo na manhã deste sábado, 30
POR AMARILDO CASTRO
Chegou ao fim uma das buscas policiais mais longas que se tem notícia feitas pela 4ª Delegacia de Polícia do Distrito Federal, com sede no Guará. Sob o comando do experiente delegado Anderson Espíndola, oito agentes da Polícia Civil do DF, lotados na 4ª DP prenderam José Paulo Trindade, de 64 anos em Ribeirão Preto (SP) na manhã deste sábado, 30. Ele é o principal suspeito de assassinar Geralda Cândida Santos Nascimento, de 79 anos em dezembro de 2021, na QE 30 do Guará II. Ela foi morta à época dentro de sua própria casa, quando abriu a porta para um estranho que a enganou oferecendo serviços de reparos domésticos. Mas, usando um fio para carregar celular, o assassino a enforcou supostamente porque ela reagiu a um assalto. Sobre o crime, a PCDF tem provas robustas, incluindo vídeos que mostram ser Trindade o principal suspeito. Como ele já é condenado por outros crimes e considerado foragido da Justiça desde 2015, ele não será solto.
De acordo com o delegado Anderson Espíndola, que coordenou as ações dos agentes da PCDF, José Paulo vinha sendo monitorado pelos agentes desde que fugiu, logo após o crime. Depois dos registros dele pegando um ônibus em direção à Planaltina de Goiás, a PCDF o monitorava com passagens dele por comunidades do Rio de Janeiro, e posteriormente Goiás e São Paulo. “No Rio, era mais difícil prendê-lo porque ele se escondia nas comunidades, dificultando ações da polícia, mas desde que decidiu retornar a Goiás e São Paulo, as coisas foram ficando mais fáceis para nós, assim, só aguardávamos o momento certo para prendê-lo”, comentou Anderson à reportagem do Blog do Amarildo.
O delegado conta ainda que nesses quase nove meses foragido, Trindade continuou a executar crimes, sempre com o mesmo modus operandi, batendo de porta em porta para invadir casas, furtar ou roubar. Mas no período, não há informações se cometeu algum assassinato, como é suspeito no Guará.
Chamou ainda atenção dos investigadores a capacidade de se despistar do suspeito. Ele inclusive vinha usando identidade falsa com o nome de Evilásio R. da Silva, supostamente em documento expedido pelo Estado do Rio de Janeiro. Mas tudo falso.
Desabafo de familiares
É um momento muito difícil para nós da família, porque parece que a dor até aumenta, porque não teremos nossa mãe de volta, o coração ainda dói muito, acabou com nossas vidas, mas também de alívio por saber que a polícia fez a parte dela e a Justiça está sendo feita, e que esse cidadão nunca mais volte a fazer isso que fez”, relatou Cláudia Nascimento, filha de Dona Geralda.
VEJA VÍDEO DA CHEGADA DO SUSPEITO À DELEGACIA NO GUARÁ
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