Primeiro ano de Governo Lula foi o esperado? Especialista da ESPM comenta as expectativas para 2024

O presidente Lula durante um ato em São Paulo, em 2023. Foto: Ricardo Stuckert/PR

Fonte: Paulo Ramirez, professor de ciências políticas da ESPM

O primeiro ano de governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) foi marcado por momentos de reconstrução e desafios para o petista. Em seu retorno ao Palácio do Planalto para cumprir o terceiro mandato, Lula editou 48 medidas provisórias (MPs) entre janeiro e dezembro de 2023.

Paulo Ramirez, professor de ciências políticas da ESPM, acredita que o primeiro ano de governo teve sucesso, apesar de ter um custo caro para a população em função das emendas parlamentares. 

Ramirez ainda afirma que as expectativas para 2024 são altas e que Lula conseguiu agradar o “centrão” no último ano. “Estão previstos em torno de 50 bilhões de reais para atender os partidos do centrão, o que demonstra que o Lula soube jogar o jogo, fornecendo mais cargos em 2023 e expandindo a quantidade de ministérios nas mãos deles”, diz.  “Para aprovar qualquer projeto ele terá que negociar bastante com o Congresso”, completa o professor da ESPM.

Durante 2023, o presidente obteve alguns sucessos, como a estabilização da inflação abaixo do esperado pelo mercado, redução dos preços de combustíveis e alimentos, e ligeiro aumento do salário mínimo em relação à inflação. “Lula tem para 2024 um crédito por ter feito esses primeiros avanços, o que torna o ano ainda mais importante”, aponta Paulo Ramirez.

O especialista em ciências políticas da ESPM acredita, no entanto, que as pautas do Congresso não terão tanto sucesso por ser um ano de eleição. “Talvez em maio e junho não tenhamos grandes decisões tomadas pelo Congresso em nível federal, já que os políticos não vão querer se comprometer com o governo Lula”, afirma. Entre essas pautas está o término da reforma fiscal e a reforma administrativa. 

As expectativas do governo para 2024 são expandir a quantidade de investimentos estrangeiros no país, e aumentar o grau de competitividade do país na indústria e na agricultura. “Há ainda a previsão pelo mercado de uma estabilidade inflacionária, até mesmo a queda do dólar se não houver nenhum grande impacto político-econômico externo”, diz Paulo. 

O especialista está disponível para comentar sobre o assunto.

Paulo Ramirez é Doutor em Ciências Sociais (área de concentração Antropologia – 2014 PUC-SP), Mestre em Sociologia (2007 PUC-SP), bacharel e licenciatura em Ciências Sociais (2004 – PUC-SP); e bacharel em Filosofia (FFLCH-USP). É professor de ciências políticas da ESPM e autor do livro “Sérgio Buarque de Holanda e a Dialética da Cordialidade” (2011).

 Sobre a ESPM

A ESPM é uma escola de negócios inovadora, referência brasileira no ensino superior nas áreas de Comunicação, Marketing, Consumo, Administração, Economia Criativa e Tecnologia. Seus 12 600 alunos dos cursos de graduação e de pós-graduação e mais de 1 100 funcionários estão distribuídos em cinco campi – dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro, um em Porto Alegre e um em Florianópolis. O lifelong learning, aprendizagem ao longo da vida profissional, o ensino de excelência e o foco no mercado são as bases da ESPM.

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