Com apoio da Emater-DF, participantes de curso aprendem sobre temas como gestão financeira, planejamento e fundamentos de marketing para aperfeiçoar a gestão dos seus negócios
Com objetivo de tornar o produtor rural um empreendedor rural, o programa Empreender e Inovar, da Emater-DF, leva orientações sobre gestão financeira, planejamento estratégico, tático e operacional, planos de negócio e fundamentos de marketing aos participantes. Todos esses conhecimentos têm promovido transformação para a realidade de vários produtores rurais.
Esse é o caso de Giovana Navarro e Aurelino de Almeida, que estão à frente da Cabríssima, um empreendimento que produz leite de cabra e queijos especiais, além de promover visitação guiada à criação dos animais como um interessante programa para toda a família. Embora os dois já fossem bem-organizados e conscientes de seu negócio rural, a Emater-DF os encaminhou para ser acompanhado pelo Empreender e Inovar – e foi quando eles descobriram por que, apesar do sucesso com a venda de produtos e com a visitação, ainda estavam operando no vermelho.
“Antes a gente fazia as anotações de forma geral, não sabia exatamente o que ia para o trato dos animais e o que ia para a produção de silo e feno; hoje a gente já faz uma anotação mais específica na planilha de gestão do Empreender e Inovar”Lílian Barbosa da Silva, gerente de haras e participante do curso
“Primeiro a gente tomou um susto tão grande, que cogitamos desistir do negócio”, disse Aurelino, após ver o retrato da propriedade em números reais, com a planilha criada pelo programa para auxiliar a gestão financeira do empreendimento. Aos poucos, com a consultoria do extensionista rural Carlos Goulart, responsável pelo programa na Emater-DF, o casal foi encontrando as saídas para entrar no equilíbrio financeiro.
“A gente, na roça, começa a trabalhar, trabalhar, trabalhar e vira apenas trabalhador, em vez de empresário. Vimos que o empresário precisa ter uma visão mais geral do negócio, e a gente é muito deficitário nessa parte financeira”, concluiu o produtor rural.
Lilian Barbosa da Silva também tem recebido orientação do Empreender e Inovar. Ela participou do curso realizado no início do ano e disse que a capacitação abriu sua visão e a ensinou muito. “Eu fiquei encantada com tanto conhecimento, saí de lá com a mente bombando e com o desejo de me aprofundar no assunto”, disse. Gerente de um haras na área rural de Brazlândia, ela foi autorizada pelo proprietário a incluir a propriedade no programa com a Emater-DF.
Há cerca de quatro meses no programa, Lílian tem colocado em prática o conhecimento recebido e já tem visto resultados. “Antes a gente fazia as anotações de forma geral, não sabia exatamente o que ia para o trato dos animais e o que ia para a produção de silo e feno; hoje a gente já faz uma anotação mais específica na planilha de gestão do Empreender e Inovar”, explica.
Para Carlos Eduardo Goulart, extensionista rural da Emater-DF responsável por acompanhar os produtores no programa, é o aprendizado em gestão do negócio que faz o produtor deixar de simplesmente produzir para se tornar de fato um empreendedor rural. Essa é a proposta do programa.
“Saber produzir não habilita automaticamente o produtor a ser empreendedor. É preciso ter um conhecimento mínimo em gestão, para não fracassar na condução do negócio rural”, explica Goulart. “O programa Empreender e Inovar tenta chamar a atenção para a importância dessa gestão do negócio rural.”
Roselita Urany Camargo, conhecida como Rosinha, passou pelo programa no ano passado. Ela fez o curso encaminhada pelo escritório local da Emater-DF em Ceilândia, onde é atendida, e participou do acompanhamento do Empreender e Inovar. Apaixonada pela culinária, a produtora fazia bolos e biscoitos para a família e amigos, mas foi a extensionista rural da Emater-DF que mostrou que essa paixão poderia ser uma fonte de renda.
“Eu recebi o convite para o curso Empreender e Inovar e o que aprendi ali mudou o meu olhar e me deu várias dicas”, afirma Rosinha. “Aprendi a escolher quais biscoitos seriam mais vendáveis, a focar alguns produtos, colocar preço”, conta, reconhecendo que ainda tem muito o que aprender e melhorar, mas que o aprendizado chegou na hora certa para ela.
Agência Brasília* I Edição: Débora Cronemberger
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