Projeto Cinema Inclusivo é lançado na Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante

Evento ocorreu durante encerramento de outro projeto de sucesso, o Cidade da Criança, que contou com atividades de cinema e lazer para mais de 11 mil alunos    

POR AMARILDO CASTRO

O encerramento no último sábado, do projeto Cidade da Criança, trabalho modelo desenvolvido pela Coordenadoria Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante, realizado entre os dias e 15 e 20 deste mês de agosto na Escola Parque da Natureza e Esportes, foi agraciado com o lançamento do projeto Cinema Inclusivo, que tem o apoio da Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal. Antes, durante toda a semana, cerca de 11 mil alunos visitaram o local, sempre com direito a uma sessão de cinema, circo-teatro e lazer.

Evento contou com uma profissional de interprete de libras para auxiliar os alunos especiais: inclusão como pauta principal

No caso do sábado, 20, o público alvo, foram os alunos com necessidades especiais. Esses alunos matriculados nas unidades escolares da CRE-NB chega a 250 pessoas, entre crianças, jovens e adultos.

A professora Andreia, que trouxe informações importantes sobre Brasília: “Não foi inspirada em um avião, e sim em uma borboleta, e Lucio Costa ficava bravo quando diziam que era formato de avião”

Filme sobre a história de Brasília

Eles assistiram ao filme A casa das 365 janelas, que retrataa história da criação de Brasília, e que tem como protagonistas personagens que representam uma professora e alunos da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal. A produção mostra com bastante detalhes como foi construída a capital federal, seus personagens e a importância em preservar o meio ambiente.

Cinema inclusivo

Na prática, o filme A casa das 365 janelas foi o lançamento do projeto Cinema Inclusivo. Além do lançamento desse trabalho, o evento serviu para discutir os desafios que os público com necessidades especiais enfrenta para ter acesso à cultura e o lazer, pois maior parte das tecnologias disponíveis não estão acessíveis à maioria dessas pessoas e nem mesmo os cinemas das maiores redes ainda estão adaptados a oferecer as últimas tecnologias.

Charles Jatobá, do Instituto Braile Brasil: “Vim trazer presentes de equipamentos inclusivos e falar da importância em valorizar nossos alunos e implementação de políticas públicas”

“Fico muito feliz em ver o esforço da Ana Maria (da Regional de Ensino do Núcleo Bandeirante) e sua equipe para trazer para esses alunos esse tipo de serviço, esclarecimento e oportunidade, pois aqui, essas pessoas puderam ter acesso a boa parte das tecnologias e ver como é diferente assistir a um filme com os equipamentos certos, no caso desse público”, explicou Vera Barros, subsecretária da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral do GDF.

Vera Barros, com Ana Maria Alves: parceria pela educação de qualidade

“É um momento histórico para nós estar aqui com essa sessão inclusiva de cinema. A intenção é que essa política inclusiva seja implementada de fato nos cinemas, nas escolas, e também em todos os locais que esse público frequenta”

Vera Barros, subsecretária da Subsecretaria de Educação Inclusiva e Integral do GDF

Valorização do cinema

Durante a sessão de cinema inclusivo, alunos receberam equipamentos especiais para audição, entre outros

A coordenadora da CRE-NB, professora Ana Maria Alves explicou que o projeto Cidade da Criança, que abraçou ainda o Cinema inclusivo nasceu da necessidade em trazer para os alunos da rede pública de ensino a oportunidade em levar o cinema a essas pessoas, arte e lazer de uma forma lúdica, gratuita e para amenizar os efeito da pandemia coronavírus. O trabalho foi desenvolvido pela professora Juliana Campos, que leciona em duas escolas da rede, com o apoio de outros profissionais da CRE-NB e da própria direção.

O sinal em libras de ‘bom dia’, feito por profissionais que acompanharam o evento

“Muitos pais perderam os empregos ou tiveram a renda reduzida, então para as famílias desses alunos em geral, levar filhos ao cinema ou ao teatro é uma tarefa quase impossível, então aqui a gente conseguiu, com o apoio da CRE-NB, reunir essas atividades em um só lugar sem custo algum para esses pais”, explicou Juliana à reportagem.

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