Escolinha Guaraense, entidade que atua nas dependências do Cave há mais de 30 anos, até agora não teria sequer sido comunicada sobre a mudança e um possível projeto que a inclua dentro do espaço ou fora dele caso PPP avance
POR AMARILDO CASTRO (Texto e fotos)
Continua dando o que falar o atual projeto de Parceria Público Privada do Cave (PPP do Cave), que encontra-se suspensa temporariamente após ‘relatório’ de reivindicações do Conselho de Cultura do Guará, em documento elaborado pelo seu presidente, o músico Rênio Quintas, no qual pede o fim do projeto. Dessa vez, a discussão é para onde iria o principal projeto esportivo que atua dentro das dependências do Cave, a Associação Desportiva Guaraense, em outras palavras, a Escolinha Guaraense. Ao todo, são mais de 200 alunos, boa parte bolsistas (cunho social), e que por ali treinam durante todo o ano. Por lá, garotos de 4 a 19 anos treinam visando o futebol profissional e também social. O projeto é tocado sob os olhos do experiente Beto Morales, sendo modelo no DF. Para se ter uma ideia da dimensão do projeto da Escolinha Guaraense, constantemente, times profissionais de Brasíia marcam amistosos com o sub 19 da escolinha como forma de preparar melhor suas equipes profissionais na disputa do Candangão, tanto na série A, como B.
À reportagem, o responsável pelo projeto, Beto Morales, explicou que a entidade atende alunos de 4 a 19 anos, e que hoje está entre os principais centros de formação de base para o futebol candango. Mesmo preocupado, disse que não quer se pronunciar sobre o tema, mas que até agora não foi procurado nem pela Administração do Guará e nem pelo Governo do Distrito Federal para discutir a situação de sua escolinha, caso a PPP avance. “A gente fica sem saber de fato o que vai acontecer com nossa escolinha depois de mais de 30 anos de atuação aqui, sendo esse um dos trabalhos mais antigos na área de esporte, e que de fato, busca preparar os garotos para a base do futebol profissional no DF e no Brasil”, comentou.
Entre os professores e alunos da escolinha, o clima é de preocupação. Funcionário da Escolinha Guaraense, Willian da Silva diz que o projeto de PPP, sem a divulgação de como será de fato, traz preocupação. “A gente não sabe o que vai acontecer, hoje aqui são 15 pessoas que dependem dessa escolinha, sem contar os 200 alunos, então a gente fica preocupado, sem saber o que será o nosso futuro”, relata o professor.
Alguns pais, que preferiram não se identificarem, também demostram preocupação sem saber o futuro dos filhos, que hoje fazem treinamentos na escolinha e participam de importantes competições.
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