Referência nacional: com obras, investimentos e tecnologia, MS vai universalizar serviço de esgoto até 2028

by Amarildo Castro
ETE Laranja Doce, em Dourados

A meta de universalização do serviço no Estado será alcançada cinco anos antes do Marco Regulatório Nacional
Mato Grosso do Sul será um dos primeiros estados do Brasil a universalizar a coleta e tratamento de esgoto. Esta conquista será alcançada até 2028, e o segredo desse sucesso são grandes investimentos em obras, tecnologia de ponta e sistemas modernos que vão melhorar a qualidade de vida do sul-mato-grossense, levando saneamento básico para dentro da casa das pessoas, evitando uma série de doenças.

Esse esforço concentrado do Governo do Estado conta com a contribuição efetiva de uma PPP (Parceria Pública-privada) que começou a valer em 2021. Esta visão de futuro permitiu que grandes investimentos privados pudessem alavancar o setor e dessem o suporte que apenas o Estado, sozinho, não teria condições de suprir.

Em junho deste ano a cobertura de esgoto chegou a 70% da área urbana do Estado. Para chegar à universalização é preciso atingir o patamar de 90%, que deve ser alcançado em 2028. Isso leva em conta as ligações de esgoto gerais e não o percentual de cada cidade. A expectativa do Governo é fechar 2026 com 85,6%% de cobertura e, em 2031, chegar às ofertas 98%.

“O saneamento básico era uma deficiência do Estado no passado, mas agora vamos chegar a universalização em breve. Seremos um dos primeiros do Brasil a conquistar este patamar. Construímos este caminho com uma série de ações estimulantes e decisões importantes, como a realização da PPP na área de esgoto, que está em vigor desde 2021. Vamos bater a meta bem antes do que prevê o Marco Regulatório. Isso significa saúde, qualidade de vida e ao meio ambiente”, afirmou o governador Eduardo Riedel.

Este cenário coloca Mato Grosso do Sul na vanguarda do saneamento básico brasileiro, já que o Marco Regulatório Nacional estipula que todos os estados deverão universalizar a água (99%) e o esgoto (90%) até 2033. Assim, o Estado vai bater essa marca cinco anos antes. Somente nos últimos quatro anos, foram implantados 553 quilômetros de rede coletora de esgoto em 52 municípios e um distrito, alcançando mais de 1 milhão de pessoas – são mais de R$ 450 milhões investidos.

As obras serão realizadas em 68 cidades do Estado que possuem cobertura da Sanesul. Um dos exemplos é a nova ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Dourados, inaugurada em janeiro deste ano e que é símbolo de tecnologia e modernidade.

A ETE Laranja Doce atende 25% da demanda de Dourados. Mais nova e moderna, tem capacidade para tratar 80 litros de esgoto por segundo. Totalmente inteligente, ostenta o patamar de 97,5% de eficiência no tratamento. Com tecnologia de ponta, possui um sistema monitorado por computadores, com manobras feitas de forma remota, dispondo de operadores apenas para limpeza e aplicações de produtos químicos.

Nova ETE de Dourados atende 25% do esgoto da cidade
“O material dela é mais duradouro, toda estrutura é de aço inoxidável e aço vitrificado, diferente das antigas [estações] que foram feitas com concreto, que com o tempo dava muita manutenção. Eficiente, moderna e tecnológica, a unidade roda 24 horas por dia, toda monitorada.

Estes grandes investimentos refletem na vida das pessoas. A douradense Sarita Ribeira da Silva mora no bairro Água Boa. A rede de esgoto chegou na frente de sua casa faz um ano e meio. Ela inclusive já fez sua ligação e tem consciência dos benefícios e vantagens que ganhou.

“O saneamento básico é muito importante principalmente para a saúde, é o começo de tudo. Além disso, a rede de esgoto traz uma grande valorização no meu imóvel. Todo o mundo aqui no bairro ficou feliz, porque não quer mais fossas sépticas. Sou nascida aqui em Dourados, morei em São Paulo e voltei para a cidade. É muita satisfação saber que o Estado está rumo à universalização do esgoto”.

Sarita Ribeira

Douglas Cunha
Conquista e valorização – As grandes conquistas do Estado no saneamento não ficaram apenas nos grandes centros, mas chegaram também na fronteira. Em Ponta Porã a rede de esgoto já é universalizada, com 98% de cobertura. Um exemplo para o Estado e o Brasil.


Isto é fruto de uma série de obras, que vão desde a implantação de redes coletoras e elevatórias, até as ligações domiciliares. Muitas inclusive já foram finalizadas. Morador do bairro Vila dos Professores, Sebastião Neris Prada conta que a chegada do esgoto era um pedido antigo e que todos se surpreenderam quando esta nova realidade bateu em suas por

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