
O saldo para o Brasil não é positivo, para os Estados Unidos, neste momento é incerto, destaca a empresária brasileira de destaque nos Estados Unidos, Sophia Utnick-Brennan
O receio de que o Brasil fosse duramente atingido pelo novo tarifaço global anunciado pelo governo de Donald Trump deu lugar a um certo alívio após o anúncio do “tarifaço”.
O país foi incluído na faixa mínima de sobretaxa, com uma alíquota extra de 10% sobre produtos exportados aos Estados Unidos — valor bem inferior ao aplicado a outras economias, como Índia (26%), Japão (24%) e União Europeia (20%). A China, principal alvo das medidas, enfrentará tarifas de até 54%.
Apesar do alívio inicial, os impactos para o Brasil ainda são motivo de análise.
Cenário global mais tenso, com efeitos mistos nos EUA
A reação internacional foi imediata. Bolsas na Ásia e Europa registraram fortes quedas, e a China respondeu com uma tarifa de 34% sobre os produtos americanos, válida a partir de 10 de abril. Para os Estados Unidos, os efeitos iniciais também foram mistos.
Há risco de inflação interna, aumento dos custos de produção e desaceleração da atividade econômica no curto prazo.
No entanto, especialistas veem potencial para uma recuperação a médio e longo prazo.
“Se bem administrado, esse movimento pode reconfigurar as bases do comércio americano”, avalia a empresária brasileira de destaque nos Estados Unidos, Sophia Utnick Brennan. “Mas no curto prazo, será necessário muito manejo político e econômico para driblar os efeitos imediatos das oscilações na economia”.
Oportunidades para o Brasil: Agro, commodities e acordos
Mesmo com o saldo geral negativo, analistas destacam possíveis ganhos para o Brasil. A sobretaxa imposta a grandes concorrentes pode abrir espaço para produtos brasileiros nos Estados Unidos, especialmente no agronegócio.
Além disso, a China, em busca de alternativas ao mercado americano, pode ampliar suas compras de commodities do Brasil.
Outra possibilidade é o avanço no acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, diante do distanciamento entre EUA e Europa.
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