POR AMARILDO CASTRO – Prestes a completar três anos à frente do cargo de administradora do Guará, Luciane Quintana fala com exclusividade ao Blog do Amarildo e Jornal GuaráHOJE Cidades sobre as principais ações executadas nos últimos meses, e dos desafios de ocupar a cadeira principal do Executivo de uma cidade que já se aproxima dos 200 mil habitantes (extraoficial), e que requer muita dedicação por parte das autoridades. De forma resumida, Luciane diz que conhece as demandas da cidade, e que trabalha com sua equipe diariamente para trazer soluções: A seguir, veja a entrevista.
Guará HOJE Cidades – Muitos reclamam da falta de incentivos para a volta das atividades comerciais. Recentemente a Associação Comercial do Guará até divulgou ações na área digital, o que não resolve o problema da crise no comércio. O que tem feito a Administração do Guará nesse sentido?
Luciane Quintana – Estamos agindo. Recentemente fizemos uma agenda com algumas autoridades e lideranças do segmento comercial, entre elas, o presidente do Sindobar, Sr. Jael para discutir o tema, especialmente no segmento de bares e restaurantes. Também nos reunimos com o Sistema S, para que possamos tomar medidas acertadas e parcerias buscando fortalecer o comércio na cidade.
Houve algum resultado prática dessa reunião?
Sim, um deles, que está em andamento, trata-se de uma negociação com o Banco de Brasília (BRB) para que a entidade possa ajudar a fomentar o comércio na cidade, com linhas de crédito com juros mais baixos e maiores prazos para pagamento. Há também um projeto denominado ‘incubadora’ para quem tiver interesse em montar uma empresa. O que a gente pode fazer, estamos fazendo.
A retomada do comércio traz mais visibilidade e aumenta insegurança, a questão da segurança. Como está a parceria com as forças de segurança e com o Conseg?
A segurança envolve coisas que não se trata somente da questões dos assaltos a comércios, mas outros itens, como silêncio na medida certa para atender à clientela. Assim, estamos trabalhando em conjunto com a polícia para um monitoramento completo da cidade, para que cada comerciante tenha paz para atender bem. Agimos em parceria com todos.
Na área de esporte, a cidade tem equipamentos muitos depredados. Como está o projeto de reforma das quadras poliesportivas e campos sintéticos?
Estamos em fase de captação de recursos para essas reformas. Ainda não temos um projeto ‘fechado’ para esse trabalho, mas nossa expectativa é nos próximos meses poderemos trazer essas melhorias para esse segmento.
A PPP do Cave virou uma novela. O governo fala que vai fazê-la, mas ninguém sabe ao certo a que ponto está, e muita gente é contra. O que a senhora sabe a respeito?
O processo da PPP continua, está em tramitação entre o GDF e o Tribunal de Contas. Mas os detalhes, nós não temos, por enquanto.
A administração do Guará anunciou há cerca de dois anos, o projeto Adote uma Praça. Como está isso hoje, quantas foram adotadas?
Até agora tivemos êxito em quatro espaços públicos, que foram adotados. Mas o trabalho continua. Quem quiser adotar, pode nos procurar.
O Parque do Guará sofre com queimadas, e muitos cobram por um vídeo monitoramento. No início dessa gestão o Executivo local prometeu melhorias para o parques da cidade…
Estamos fazendo isso. Levamos algumas melhorias tanto para o Parque Denner, como o Parque do Guará, no Guará II. Não fizemos tudo, mas já avançamos bem. Em relação às queimadas, estamos trabalhando em parceria com o Ibram, para um monitoramento mais preciso. Há veículos circulando no local para ajudar nisso. Vamos promover ainda um projeto de educação ambiental.
O governo anunciou há um ano uma reforma completa para a Feira do Guará. E quase nada aconteceu. Como está esse projeto?
Foi prejudicado pela pandemia, mas está de pé, a parte de projeto está sendo feita pelo GDF. Fizemos algumas melhorias, como recuperação de parte de telhado. Não foi uma grande reforma, mas uma manutenção.
Há muita gente morando nas ruas no Guará. O que a administração faz para tentar mudar isso?
Estamos trabalhando em contato com os órgãos sociais e de segurança. Há uma dificuldade em retirar essas pessoas das ruas porque elas mesmas não querem sair. E não temos como retirá-las à força. Mas já mapeamos essa situação, o risco é para todos, tanto para quem está nas ruas, quanto para quem mora perto de onde essas pessoas estão vivendo. Já fizemos junto ao CRAS, várias abordagens para averiguar a situação.
O setor cultural reclama bastante da falta de investimentos…
Entendemos que com a pandemia, os artistas foram realmente muito prejudicados, mas estamos fazendo articulações para fomentar a cultura na cidade.
Muitos reclamam da não execução de algumas emendas parlamentares para a Cultura. O que a senhora pode dizer?
A nossa parte, sempre fazemos, inclusive os projetos. Se alguma dessas emendas não foram desbloqueadas, é porque depende de outros órgãos, e não da Administração do Guará.
Qual o recado para a comunidade?
A gente agradece a visita da reportagem do Jornal GuaráHOJE Cidades aqui na administração, e queremos dizer que estamos de portas abertas para receber as demandas da comunidade, seja pessoalmente ou nos nossos canais digitais. A comunidade pode usar nosso telefone que colhe demandas, que é o 162; nosso site (www.ouv.df.gov.br); o aplicativo e-Cidades ou pessoalmente na administração.
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