Após assembleia, Sinpro-DF marca nova ‘greve’ para 24 de março

by Amarildo Castro

Embora houve ameaça de uma greve de fato, os professores da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal, liderados pelo Sinpro-DF, o sindicato que representa a categoria, decidiram na manhã desta terça-feira, dia 22, continuar nos postos de trabalho. No entanto, uma nova greve foi marcada para o dia 24 de março próximo.

Na pauta de reivindicações, como anuncia o próprio site do sindicato (https://www.sinprodf.org.br/) a

valorização da categoria, que pode ser realizada, sobretudo, com o cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE). Nela, está a equiparação do vencimento básico dos profissionais da educação da Rede Pública de Educação Básica à média da remuneração das demais carreiras de servidores públicos do DF com nível superior.

Antes, conforme está também no site do Sinpro-DF, na terça-feira, 15/02, a Comissão de Negociação do Sinpro-DF realizou, mais uma reunião com representação política para articular o atendimento das pautas financeiras e pedagógicas da categoria. Dessa vez, o encontro foi com o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, deputado Rafael Prudente (MDB), a partir da mediação da deputada Arlete Sampaio (PT) e do deputado Chico Vigilante (PT). Indagado pela Comissão, Prudente disse que a CLDF dará celeridade à análise de projetos que pautem a valorização de servidores públicos, mas reforçou que as propostas devem ser encaminhadas pelo Governo do Distrito Federal.

A Comissão de Negociação do Sinpro-DF lembrou que o DF não teve queda na arrecadação no último ano e que, mesmo com os limites da lei eleitoral, é totalmente viável a valorização dos servidores do magistério do DF ainda em 2022, como foi feito com os policiais civis.

Associada ao cumprimento da Meta 17 do PDE, há também a possibilidade de reajuste do auxílio-alimentação da categoria. Embora lei distrital determine o reajuste anual do benefício, o valor está congelado há anos.

A diretoria do sindicato informa que os professores(as) e educadores(as) educacionais estão há sete anos sem receber qualquer reajuste salarial. Além disso, a categoria ainda é vítima de um calote. Em 2013, após lutas e greves, foi garantido reajuste salarial de 23% a 70% à categoria. O pagamento foi negociado em seis vezes, sendo duas parcelas por ano. Entretanto, a última parcela, que deveria ter sido paga em setembro de 2015, não foi efetuada até hoje. O pagamento foi determinado pela Justiça do DF e, diante disso, o GDF indicou que fará o pagamento na folha de pagamento de abril.

Ibaneis diz que movimento é político

À imprensa, o governador Ibaneis Rocha (MDB) vem mostrando descontentamento com o movimento dos professores locais, e diz que esse é um movimento político, e que prejudica os mais de 400 mil alunos da rede.

Foto: reprodução do site do Sinpro-DF

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