Após a prorrogação de concursos, governador Ibaneis já convocou 3.337 profissionais para reforçar a educação pública
IAN FERRAZ, DA AGÊNCIA BRASÍLIA I EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
A educação pública do Distrito Federal ganha, nesta terça-feira (16), o reforço de 337 professores efetivos. Os profissionais da educação pública foram nomeados pelo governador Ibaneis Rocha em cerimônia no Palácio do Buriti.
Com o ato, fica zerado o cadastro reserva para a Carreira Magistério e chega-se à marca de 3.337 servidores da educação nomeados pela atual gestão em menos de três anos.
Dos 337 nomeados, 314 terão carga horária de 40 horas e vão dar aulas de atividades em anos iniciais do ensino fundamental em biologia; ciências naturais; filosofia; física; geografia; história; espanhol; francês; inglês, química; sociologia e língua portuguesa. Os outros 23 terão jornada de 20 horas e vão lecionar administração; farmácia; fisioterapia; nutrição e odontologia.
“Já nomeei 3.337 servidores da educação ao longo desses três anos e vamos fechar nosso mandato como o governo que mais nomeou servidores públicos na história do Distrito Federal”, destacou o governador Ibaneis Rocha.
“Isso só é possível porque temos uma coisa chamada responsabilidade fiscal. Trabalhamos o dia todo para economizar recursos e para aumentar a arrecadação do DF, fazendo os investimentos necessários”, acrescentou.
Esses profissionais vão trabalhar em salas de aulas reformadas – o governo fez algum tipo de reparo em todas as unidades do DF –, vão contar com o sonhado plano de saúde que saiu do papel pelas mãos da atual gestão e vão receber a terceira parcela do reajuste a partir de abril do ano que vem. Medidas que são fruto de um esforço de caixa e de gestão.
“Trabalhem agora com muito amor pela Secretaria de Educação. Digo sempre que ser professor é um ofício de coração, falo isso porque meu pai morreu professor. Às vezes eu perguntava a ele o porquê de tanta dedicação, porque todo dia ele chegava fazendo suas planilhas e suas aulas, e ele dizia que era exatamente por isso: por amor”, recordou o governador Ibaneis Rocha.
“Na escola transformamos vidas e os estudantes são nosso foco principal. Só existimos enquanto professores porque temos estudantes. Só tem escola porque tem estudante. Ver esses profissionais tomando posse é um motivo de muita alegria”, comemorou a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.
Amor pela profissão
O amor pela profissão citado pelo governador Ibaneis Rocha marca a vida da professora e agora servidora da educação, Maria da Conceição de Freitas, de 56 anos. Em 2017, ela fez a prova acompanhando a luta da mãe contra um câncer. O apoio familiar foi essencial para que ela prestasse o concurso.
“A emoção é grande, pois minha mãe vem sempre na minha cabeça. Vim do interior do Ceará, tenho 56 anos, então é muito difícil. Quem [da minha idade ]se formou daquela época? É mais uma prova de que a educação transforma e só por meio dela que a gente transforma”, afirmou.
“Foi um processo doloroso, quando fiz o concurso minha mãe estava com câncer terminal e fiquei na dúvida de ir fazer a prova ou não. E ela falou para eu fazer a prova. Consegui fazer a prova e passar”, lembrou.
Boa gestão permite nomeações
A nomeação de servidores é um ato que exige do governo uma boa gestão e administração de recursos. É o que destacou o secretário de Economia, André Clemente, ao ilustrar o trabalho para que mais 337 profissionais reforcem a Secretaria de Educação.
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“O governo Ibaneis recebeu um orçamento de R$ 40 bilhões e agora tem mais de R$ 47 bilhões. Cresceu mais de R$ 7 bilhões por vários fatores, por operação de crédito, recuperação de empresas, aumento de arrecadação. A receita cresce e temos mais margem para contratar pessoal. Estamos recompondo as forças de trabalho, que estavam defasadas e deficitárias, e dentro disso, a educação é prioridade no nosso governo”, avaliou.
Um outro fator que permitiu as nomeações foi a suspensão da validade dos concursos públicos pelo GDF. Presente na cerimônia, o deputado distrital Claudio Abrantes lembrou essa medida do governo e elogiou o número de servidores convocados e o chamamento recente de policiais militares e bombeiros militares.
“Em tempos de pandemia, zerar o cadastro não é para qualquer governo. E não é mesmo. A gente vê Brasil afora as dificuldades e vemos todo esse secretariado trabalhando juntos. O governo tem dado um amparo enorme, e se não fosse a suspensão do prazo dos concursos esse dos professores tinha vencido”, afirmou o parlamentar.
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