
Meia dezenas de cidades no DF mantém números acelerados da letalidade da covid-19 há vários meses
Por Amarildo Castro – Embora o esforço do Governo do Distrito Federal seja grande para baixar os números da covid-19, ao menos cinco regiões administrativas estão longe de serem consideradas cidades de baixo risco do coronavírus em todo o DF. Não há uma explicação científica que possa demonstrar quais seriam de fato os motivos, mas o fato é que a ‘campeão’ Ceilândia, com 893 mortes, Taguatinga (532), Samambaia (410), Plano Piloto (384), Gama (332) e Guará, com 251 mortes, colocam essas cidade como líderes na macabra tabela da letalidade do coronavírus no DF.
Se antes, no início, as mesmas cidades preocupavam quando aparecerem entre as regiões administrativas onde a letalidade do vírus era maior ou mesmo os contágios, agora, como citou a reportagem do Blog do Amarildo na semana passada, já não atraem a atenção da imprensa diária ou alternativa porque as mortes já viraram uma macabra rotina, em números que chegam de 1 a até 6 ou 8 óbitos diariamente. Assim, não restou muitas alternativas ao governador Ibaneis, ao decretar o loockdown. Por sua vez, o mandatário também se precipitou ao encerrar antes da hora as atividades do hospital de campanha do Mané Garrincha, em outubro de 2020, por considerar que o pico já havia passado.

Supostas causas da segunda onda
Embora a reportagem do Blog do Amarildo não tenha visitado todas as cinco RAs com maior número de óbitos no DF, mas alguns fatos, onde a reportagem atua, há chamava atenção muito antes do atual lockdown. No Guará, depois do primeiro decreto, em março de 2020, quando escolas e comércios foram fechados, na reabertura, quase quatro meses depois, era possível, no início, ver um cuidado grande pelas ruas, como comércios aferindo temperatura de clientes, especialmente a Feira do Guará, mas com o passar dos meses, por volta de outubro passado, a própria Feira do Guará liberou maioria dos portões e passou a menosprezar o vírus, deixando de aferir inclusive a temperatura dos clientes, com o argumento de que o próprio GDF não o mais exigia. A reportagem chegou a receber reclamações de clientes sobre essa ‘quebra de regra’, mas até que um novo lockdown fosse decretado, continuou assim na entrada da feira, sem aferição de pressão, sem exigência do uso de álcool em gel, nada.
A situação se espalhou por várias feias do DF, incluindo a do Cruzeiro e Núcleo Bandeirante. Muitos restaurantes de diferentes cidades também afrouxaram as regras, permitindo que até 12 pessoas sentassem em uma única mesa (soma de mesas) para que pessoas pudessem comemorar aniversários ou algo parecido. Assim, abriu caminho para a atual situação de caos que voltou a viver a população do DF.
A MACABRA TABELA DA MORTE EM SEIS RAs do DF
Ceilândia 893 mortes
Taguatinga 532 mortes
Samambaia 410
Plano Piloto 384
Gama 332 mortes
Guará 251 mortes
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