DATA-BASE – Servidores da Educação em Valparaíso rejeitam proposta da prefeitura e iniciam ‘Operação Tartaruga’

Movimento teve início logo após assembleia realizada nesta quarta-feira, 9, quando PL do Executivo que trata da data-base da categoria e reposição chegou à Câmara

TEXTO E FOTOS: AMARILDO CASTRO

Os desdobramentos do movimento dos profissionais da Educação de Valparaíso de Goiás, que entraram neste mês de março em campanha por reposição salarial, recomposição do piso salarial e outras reivindicações teve mais um capítulo. Após rejeitarem o Projeto de Lei encaminhado à Câmara pelo Executivo local, a categoria, especialmente os professores, farão redução do horário de trabalho em 50% já a partir desta quinta-feira, dia 10 até conseguir uma reunião com o prefeito Pábio Mossoró (MDB). Caso as negociações avancem, o movimento poderá ser encerrado em seguida, mas caso contrário, continuará até a sexta-feira, 11, quando uma nova assembleia foi marcada em frente à Secretaria de Educação, com indicativo de greve geral.

Cerca de 150 profissionais se reuniram na manhã desta quarta-feira, dia 9 para acompanhar tramitação de PL na Câmara

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos e Empresas Públicas Municipais de Valparaíso de Goiás (SINDSEPEM/VAL), Marcilon Duarte, explicou à reportagem que esperava um PL mais favorável à categoria após promessa de que a recomposição do piso salarial seria de 19%, mas o projeto que chegou à Câmara na tarde da última terça-feira, 8, contempla apenas 7% de reajuste do piso, enquanto o reajusta da data-base chega a 10%.

O representante da categoria, Marcilon Duarte, presidente do SINDSEPEM/VAL: “O que foi apresentado pelo Executivo está longe da nossa realidade”

Enquanto isso, a categoria exige ao menos os 19% de reajuste no piso e 15% na data-base, trazendo assim um impasse entre os profissionais e o Executivo. Marcilon explicou também que a autorização do Governo Federal para o reajuste do piso salarial no país é de 33,24%. Ele diz que as outras pautas da educação, como recomposição do quadro de merendeiras sequer foi mencionado na proposta do Executivo.

Com a presença de pelo menos 100 pessoas que acompanharam a sessão na Câmara, quando o PL da data-base dos profissionais da Educação foi apresentado, alguns professores reclamaram das perdas salariais e da condição de trabalho no município. De acordo com o professor Silvano, o Executivo local não teria cumprido com o rateio do Fundeb, e isso por si só já traz prejuízos à classe educadora, além das constantes perdas salariais. “As outras cidades vizinhas fizeram esse rateio do Fundeb, e aqui em Valparaíso, a gente não consegue entender porque isso não foi feito”, reclama.

Para Silvano, que dá aulas no município, rateio do Fundeb também tem que ser feito

A reportagem falou também com o prefeito Pábio Mossoró, responsável direto pelo envio do PL da Educação à Câmara. Por telefone, o mandatário reiterou a importância da categoria para o município, mas que não há dinheiro suficiente para os percentuais que a categoria pede, e que continua tentando encontrar alguma alternativa para um ponto de equilíbrio.

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