Monitor de Secas indica situação grave no Centro-Oeste em 2024

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul registraram maior severidade da seca entre fevereiro e março neste ano de 2024. Por outro lado, fenômeno se abrandou em Goiás e se manteve estável no Distrito Federal. Região teve a maior área com o fenômeno e a maior intensidade de seca no Brasil em março

Na comparação entre fevereiro e março, em termos de severidade da seca, houve uma intensificação do fenômeno em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, conforme a última atualização do Monitor de Secas. No sentido oposto, Goiás teve um abrandamento do fenômeno nesse período, enquanto o Distrito Federal seguiu somente com seca fraca – a mais branda na escala do Monitor. Considerando a região como um todo, o Centro-Oeste registrou a intensificação do fenômeno com o aumento da área com seca extrema de 5% para 7%, sendo a condição mais severa do País em março.


No Distrito Federal, Goiás e Mato Grosso; a área total com seca se manteve entre fevereiro e março respectivamente com 13%, 89% e 99% de seus territórios. Já em Mato Grosso do Sul, a área com a presença do fenômeno subiu de 68% para 82% do estado. Com isso, o Centro-Oeste teve um aumento da área com seca de 90% para 93% da região no último mês, sendo a região com maior percentual de área com o fenômeno em março entre as cinco regiões monitoradas.

Cenário nacional

Entre fevereiro e março, em termos de severidade da seca, houve um abrandamento do fenômeno em 11 unidades da Federação, conforme a última atualização do Monitor de Secas: Acre, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rondônia. Já em outros seis estados a seca se intensificou nesse período: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Roraima, São Paulo e Tocantins. Em termos de severidade, a seca ficou estável em sete unidades da Federação: Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Sergipe. Já no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina não houve registro do fenômeno, que deixou de ser verificado no Rio de Janeiro.

Na comparação entre fevereiro e março, quatro estados registraram o aumento da área com seca: Amapá, Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. Em 13 unidades da Federação houve uma diminuição da extensão da seca: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Em outras sete unidades da Federação, a área com o fenômeno se manteve estável: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins. Já o Rio Grande do Sul e Santa Catarina seguiram livres de seca em março, mês em que o Rio de Janeiro deixou de registrar o fenômeno.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SULeNORTE.

Cinco unidades da Federação registraram seca em 100% do território em fevereiro deste ano: Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Tocantins. Para percentuais acima de 99% considera-se a totalidade dos territórios com seca. Nas demais unidades da Federação que registraram área com seca, os percentuais variaram de 1% a 89%.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SULeNORTE.


Com base no território de cada unidade da Federação acompanhada, o Amazonas lidera a área total com seca de março, seguido por Pará, Mato Grosso, Bahia e Minas Gerais. No total, entre fevereiro e março, a área com o fenômeno caiu de 6,84 milhões para 6,41 milhões de km², o equivalente a 75% do território brasileiro.

As cores do gráfico indicam as regiões CENTRO-OESTE, SUDESTE, NORDESTE, SULeNORTE.


O Monitor de Secas

O Monitor realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores do fenômeno e nos impactos causados em curto e/ou longo prazo. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes até seis meses. Acima desse período, os impactos são de longo prazo. Essa ferramenta vem sendo utilizada para auxiliar o planejamento e a execução de políticas públicas de combate à seca e pode ser acessada tanto pelo site monitordesecas.ana.gov.br quanto pelo aplicativo Monitor de Secas, disponível gratuitamente para dispositivos móveis com os sistemas Android e iOS.

Coordenado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com o apoio da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), o Monitor de Secas é desenvolvido conjuntamente com diversas instituições estaduais e federais ligadas às áreas de clima e recursos hídricos, que atuam na autoria e validação dos mapas. As instituições que atuam no Monitor de Secas em suas respectivas unidades da Federação no Centro-Oeste são as seguintes:
 
DISTRITO FEDERAL: Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA);
GOIÁS: Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD);
MATO GROSSO: Superintendência de Proteção e Defesa Civil de Mato Grosso (SUPDEC) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso (SEMA);
MATO GROSSO DO SUL: Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO) e o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL).


O projeto tem como principal produto o Mapa do Monitor, construído mensalmente a partir da colaboração dos estados integrantes do projeto e de uma rede de instituições parceiras que assumem diferentes papéis na rotina de sua elaboração. Por meio da ferramenta, é possível comparar a evolução das secas nos 26 estados e no Distrito Federal a cada mês vencido, sendo que o processo de expansão dessa iniciativa foi concluído com a entrada do Amapá no Mapa do Monitor de dezembro de 2023.


A metodologia do Monitor de Secas foi baseada no modelo de acompanhamento de secas dos Estados Unidos e do México. O cronograma de atividades inclui as fases de coleta de dados, cálculo dos indicadores de seca, traçado dos rascunhos do Mapa pela equipe de autoria, validação dos estados envolvidos e divulgação da versão final do Mapa do Monitor, que indica a ausência do fenômeno ou uma seca relativa, significando que as categorias de seca em uma determinada área são estabelecidas em relação ao próprio histórico da região. 

Assessoria Especial de Comunicação Social (ASCOM)
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

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