Passagem do Blog do Amarildo por Nova Aurora-GO revela crescimento e relíquias da cidade

  • Com a visita do editor Amarildo Castro, que tirou parte de sua passagem de fim de ano pela cidade, jornalista aproveita para mostrar parte da história da cidade, que de certa forma, se perdeu com a evolução de novas casas e avanço da agricultura e das lavouras de soja. No entanto, faz parte de uma nova fase, presente em todo o Brasil

POR AMARILDO CASTRO

Não é novidade que até mesmo as pequenas cidades do Brasil já conseguem fazer parte de um cenário econômico que muitas vezes se destacam pelo país afora. Assim, seja por causa das lavouras de soja, mineração ou outras atividades, como produção de energia, até mesmo as chamadas antigas currutelas já conseguem se destacar em um território ‘continental’.

Por fazer parte da microrregião econômica de Catalão, em Goiás, Nova Aurora, que fica no Mesmo Estado, já consegue hoje se inserir em um cenário nunca imaginado antes, chamando atenção até mesmo de empresas produtoras de energia solar. No momento, dois ‘campos’ de produção desse tipo de energia são construídos na cidade, além de uma grande produção de soja que cada dia avança mais.

A plantação de soja está presente hoje em áreas muito próximas à cidade, onde antes, existiam os famosos pequizeiros: nova realidade que não deve mudar mais

História de uma cidade que não existe mais

Fora essa questão de um crescimento acelerado da cidade, que tem um de terras altamente produtivas, em uma extensão territorial de 307 quilômetros quadrados, sendo boa parte dessas terras planas, Nova Aurora levou mais de 50 anos para ‘começar’ a se desenvolver de fato, e somente a partir dos anos 2000 começou a chamar atenção de grandes empresas, especialmente com a chegada da soja na área rural.

A vinda das montadoras Mitsubish Motors e a John Deere para Catalão também impactou a cidade nesse período. Assim, Nova Aurora começou a ter uma espécie de ‘desmanche’ de seus antigos casarões para dar lugar a construções mais modernas.

Os chamados peões de roça, aqueles que plantavam pequenas lavouras, capinavam, roçavam pastos também praticamente desapareceram por causa do uso de máquinas agrícolas. O capim jaraguá deu origem ao braquiária e com pastagens limpas, as roçagens de pastos, também praticamente acabaram.

‘Descoberta’ de uma relíquia no Facebook

A ‘destruição’ de uma cidade que não existe mais, com a derrubada da maioria dos casarões da cidade para a chegada de novas construções tem hoje um aliado de peso, um grupo de Facebook denominado Nova Aurora de Saudade, com fotos que muitos sequer imaginavam que ainda existiam nas mãos de familiares ou ex-moradores.

Uma das fotos que chamam atenção mostra os casarões da Rua do Comércio, uma das avenidas que mais sofreram transformações e onde estavam ainda algumas das principais construções antigas da cidade, com destaque para o famoso ‘predinho’ construído sobre base de madeira, e que tinha dois andares. Alí, enquanto existiu, fez história servindo de moradia para famílias tradicionais, entre elas, do Sr. Heleno de Melo e família, além de Pedro Jonas, pai de João Rocha, Jair Rocha e Zé Rocha. A reportagem não conseguiu estabelecer toda a cronologia da histórica moradia.

O mais curioso é que há relatos de que assim que foi construído, o histórico predinho chegou a ser uma cadeia. Na mesma rua, a do Comércio, também há relatos de que morou nela um dos principais fazendeiros da Era colonial, Sr. Benedito Potenciano.

Por fim, o sobrado deu origem a uma casa nova, onde atualmente reside a família Carneiro.

por último, morou a família do pioneiro Sebastião Dias Carneiro, o vugo Tião Viruca. Antes, o famoso (e agora destruído) predinho abrigou família tradicionais da cidade, como relata o grupo Nova Aurora de Saudade. O ‘predinho’ foi ainda ponto de atendimento odontológico, do Humberto Dentista.

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