Prefeituras de Goiás se aderem ao movimento contra cortes de verbas e decretam ponto facultativo nesta quarta-13

  • Maioria dos Executivos municipais darão ponto facultativo aos servidores e colaboradores para esta quarta-feira, 13, onde apenas serviços essenciais vão funcionar. Além disso, um manifesto será realizado na Assembleia Legislativa de Goiás

POR AMARILDO CASTRO

Depois de um manifesto realizado na Região Nordeste do país, chegou a vez do Estado de Goiás, onde prefeitos se reúnem na Assembleia Legislativa onde pedirão apoio dos deputados e do governador Caiado para ‘interferir’ junto ao presidente Lula por uma solução sobre o corte no repasse de recursos, em especial o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é um repasse mensal do Planalto às prefeituras, e que vem sendo menor nos últimos meses. Assim, várias cidades do país, por meio de suas prefeituras estão fazendo protestos. E nesta quarta-feira, 13, é a vez dos municípios goianos, que já se aderiram ao movimento, até o fechamento desta reportagem, em torno de 85%.

Assim, prefeitos, e lideranças das cidades goianas marcarão presença na Assembleia Legislativa de Goiás praticamente durante todo o dia, onde devem ser recebidos por deputados e pelo governador Caiado, que também abraça a causa dos prefeitos.

A reportagem do Blog do Amarildo falou com três prefeitos que vão participar do manifesto, Pábio Mossoró (MDB), de Valparaíso; Rodrigo Cebola (UB), de Corumbaíba e Júnior Marreco (MDB), de Nova Aurora-GO.

O prefeito de Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró, que é presidente da AMAB: “Estamos sendo solidários às outras cidades, onde o problema é maior que o nosso”

No caso de Valparaíso, segundo Pábio, o situação por horas não é tão ‘sentida’ porque a cidade tem mais fontes de recursos, e que está participando do manifesto em solidariedade às outras cidades que sofrem com a queda de receita. “Nosso problema é menor, mas a gente precisa agir e mostrar que isso está sendo ruim para o país, e muitas cidades dependem dessa receita!”, comentou Pábio, que é presidente da Associação dos Municípios Adjacentes de Brasília (AMAB), associação essa que abraçou também a causa do manifesto.

Rodrigo Cebola, prefeito de Corumbaíba diz que infelizmente vai reduzir mão de obra caso a situação não seja resolvida (Foto: reprodução/Facebook)

Já em Corumbaíba, ao Sudeste de Goiás, a situação é mais complicada. A cidade, mesmo sendo uma das principais economias da região, a receita, segundo o prefeito Rodrigo Cebola (UB) caiu em março deste ano R$ 1 milhão, e vem caindo cerca de R$ 400 a R$ 500 todo mês. Assim, está abrindo as portas da prefeitura somente meio período. Ele garante que a situação é insustentável.

“Não dá, estou com déficit mensal de R$ 400 mil, infelizmente se não acharmos uma solução, vou demitir no final deste mês”

Rodrigo Cebola, prefeito de Corumbaíba-GO

Já em Nova Aurora, município menor, mas importante para a região, a queda de receita, segundo o prefeito Marreco é da ordem de quase R$ 200 mil. “A gente tinha uma reserva, uma situação um pouco melhor, mas se permanecer assim muito tempo, podemos optar por abrir as portas também somente meio período, mas isso ainda não está decidido”. Marreco e seu vice, Danilo são presença certa no manifesto desta quarta-feira em frente à Assembleia Legislativa.

Júnior Pimenta (E), prefeito de Nova Aurora-GO diz que pode ser aderir ao movimento ‘meio expediente’ em colaboração com o movimento das prefeituras vizinhas

Em recente depoimento, o presidente da Federação Goiana dos Municípios (FGM), o prefeito de Campos Verdes, Haroldo Naves (MDB), afirmou que o Estado vai seguir orientação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que vai marcar um dia nacional de protesto, no fim de setembro.

Abaixo, decreto do prefeito de Nova Aurora-GO, onde tem ponto facultativo nesta quarta-feira, 13. Ato se repete em quase todas as cidades de Goiás.

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