Com eixo narrativo voltado para dois extremos climáticos – a seca no Amazonas e as enchentes no Rio Grande do Sul – , filme alerta sobre o impacto na vida dos animais, principalmente os silvestres |
LINKS DE CONTEÚDO Imagens: https://we.tl/t-nwvi2zpBOG(Crédito- Divulgação) Documentário: As vítimas invisíveis da crise climática – YouTube São Paulo, 25 de novembro de 2024 – A Proteção Animal Mundial lançou o documentário “As vítimas invisíveis da crise climática”, mostrando o impacto sofrido pelos animais de criação – a exemplo de bovinos, aves e suínos – e dos silvestres, durante as recentes enchentes do Rio Grande do Sul e a seca no Amazonas. O documentário chama a atenção que enquanto os animais de estimação e de criação podem ser contabilizados nas tragédias, os silvestres são as vítimas invisíveis. Isso porque, quem abandona a casa para salvar a própria vida, pode voltar para tentar fazer o resgate do animalzinho deixado para trás. E quem perde o gado, consegue contabilizar o número de animais no rebanho. Porém, ninguém sabe informar quantos silvestres habitam uma região. O filme alerta que 60% do território brasileiro chegou a ficar coberto pela fumaça das queimadas no ano de 2024. Foram registrados mais de cem mil focos de incêndio, intensificados com a seca histórica. O roteiro utiliza como elemento narrativo áudios de telejornais veiculados nos últimos meses, a exemplo de uma matéria que chama a atenção sobre o monitoramento da seca em rios do Amazonas para evitar a morte de botos, a exemplo do que ocorreu em 2023. No Rio Grande do Sul, especialistas definiram a tragédia climática como uma das maiores do país. “O sistema agropecuário industrial tem uma relação direta com a emergência climática por ser o vetor do desmatamento. No Brasil, 97% da área desmatada já está sendo ocupada pela agropecuária industrial”, explica Rodrigo Gerhardt, gerente de vida silvestre da Proteção Animal Mundial. O documentário mostra que, para evitar tragédias climáticas, a única saída é a preservação. Um dos exemplos exibidos no filme é o da Unidade de Conservação Refúgio da Vida Silvestre Banhado dos Pachecos (RS), que atuou como uma esponja natural, impedindo que as águas causassem danos ao território. Essa segurança fez com que muitos animais silvestres corressem para a região em busca de abrigo, conforme relato de um dos representantes da unidade de conservação apresentados no filme. Transição de sistemas alimentares O documentário foi lançado no Brasil pela Proteção Animal Mundial na mesma semana em que representantes da ONG debatiam – durante a Conferência das Partes, a COP29, no Azerbaijão – sobre o impacto dos sistemas alimentares no clima e defendiam a chamada “transição justa”. Esse conceito se baseia na ideia de que, para garantir a mudança em direção a práticas agrícolas sustentáveis, é essencial beneficiar comunidades, trabalhadores e animais, sem sacrificar meios de subsistência ou ecossistemas locais. Essa mudança passa por três pilares: • Fortalecimento da governança do sistema alimentar: responsabilização das corporações multinacionais ao mesmo tempo em que promove sistemas alimentares locais e responsáveis. • Promoção de práticas agroecológicas: mudança para métodos agrícolas sustentáveis e inclusivos que protejam os direitos humanos, o meio ambiente e o bem-estar animal. • Mudança para dietas dentro dos limites planetários e sociais: incentivo à redução do consumo de carne, especialmente em países de alto consumo, e promoção de dietas ricas em vegetais. |
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