Parlamentares presentes ao 1º Encontro Nacional de Procuradorias da Mulher, realizado na Câmara dos Deputados no início desta semana, defenderam maior participação das mulheres na política. Deputadas e vereadoras destacaram a importância não apenas da reserva de candidaturas femininas, mas também de cadeiras efetivas nos parlamentos de forma gradativa e em suas mesas diretoras e ainda de recursos para campanhas e tempo de rádio e televisão.
O que se pretende é mudar a baixa representatividade das mulheres, que hoje ocupam apenas 15% das cadeiras da Câmara dos Deputados, por exemplo.
Para tratar de representatividade, violência política contra a mulher, atuação partidária e processos eleitorais, foi criado em junho deste ano, dentro da estrutura da Câmara, o Observatório Nacional da Mulher na Política. A entidade atua em conjunto com as assembleias legislativas fazendo pesquisas e produzindo conhecimento a partir dos dados coletados.
Coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados, a deputada Celina Leão (PP-DF) defendeu as cotas para as mulheres na política. Para ela, o ideal é que se chegue um dia a 50% de presença feminina nos Parlamentos.
“Muitas pessoas são contrárias às cotas, porque chegaram ao Parlamento sem elas. Eu cheguei aqui sem elas. Mas quantas mulheres não tiveram uma oportunidade, que nunca conseguiram chegar a lugar algum? As cotas são importantes para que vocês, se decidirem algum dia chegar a esse Parlamento, tenham a certeza de que pelo menos estão disputando de verdade”, disse Celina Leão.
No que diz respeito à atuação política da mulher, também foi detalhada, no encontro de procuradorias, a Lei 14.192/21, que caracteriza a violência política específica contra a mulher candidata ou no exercício do mandato. A lei é originada de uma proposta da deputada Rosângela Gomes (Republicanos-RJ).
Fonte: Agência Câmara de Notícias, com foto e texto
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