
Após o grande sucesso da primeira edição em agosto de 2019, na Praça da Moda, no Polo de Moda, no Guará II, reconhecido pela imprensa local, como o maior evento de Reggae do ano Os Candangos e a banda guaraense Deus Preto resolveram promover a segunda edição após o afrouxamento das medidas sanitárias por conta da Pandemia do Covid, que fez com que a manifestação cultural e ambiental com finalidades filantrópica, de divulgação da cultura popular, dos artistas do cenário regueiro candango e do artesanato, produzido no Distrito Federal, não acontecesse em 2020.
O Jam Polo Reggae retorna, no próximo sábado (11), no Parque Denner, brindando a comunidade com uma gama de atividades ambientais, coordenadas pelo Espaço da Sustentabilidade, integrado pelo Comitê Guará do Tempo de Plantar, Guará Ecológico, Sociedade dos Amigos do Parque e da Reserva Ecológica do Guará (Sapeg) e o Projeto Alegria, como: mutirão de limpeza do parque, oficinas, exposição de sementes do Cerrado e plantio de mudas ao redor do laguinho para proteção dessa nascente.

Durante todo dia serão arrecadados alimentos para as creches comunitárias da região e será realizada uma homenagem ao ex-conselheiro Regional de Cultura Ricardo Rertz, falecido no início do ano, que era um dos produtores culturais, em atividade, mais antigo do Guará e que teve uma história bem representativa na cultura guaraense.
A ocupação resgatará, ainda, a tradição guaraense das famílias participando de encontros comunitários nos espaços públicos, principalmente nas praças, prestigiando as atrações culturais, curtindo uma boa música dos artistas da cidade e convidados, e principalmente promovendo a confraternização de vizinhos e familiares.
A manifestação cultural e ambiental reúne em um ambiente bem intimista e em perfeita harmonia com o meio ambiente artistas do Guará e convidados dispostos a tocar, sem estruturas e grandes investimentos, apenas pelo prazer de estar bem junto ao público, divulgando seu trabalho e contribuindo com uma causa social. Ao mesmo tempo em que faz um pedido de paz para a região do Polo de Moda e QE40, que integram a terceira mancha criminal do DF, e que vem sofrendo com o aumento da violência na região.

Na programação cultural Feira de Artesanato com a Rede Pequi, apresentação de cultura popular com o Tambor de Crioula Flores de São Benedito, Sensação Paraense e Império do Guará e apresentação de artes marciais com o Grupo Tigre de Kung Fu. Além dos Soundsystens Mantendo a Identidade, Bolachões Soundsystem, Lion Sound, DJ Micro e Rafael Aka KingZulu e das bandas Profans e Deus Preto.
A ação promovida pelos Candangos e Deus Preto é produzida pela Bolachões Produções, pela Rádio Guará Web e pela Lion Sound, e conta, ainda, com a participação especial do Espaço Cultural Guará News que promete muitas surpresas para a comunidade.
O que é uma Jam?
Em estilos de música popular, como o jazz por exemplo, jam significa tocar sem saber o que vem à frente, de improvisação. Nos clubes de jazz, é comum que, após o número principal, os músicos presentes sejam convidados para subir ao palco e tocar junto com a banda sem nenhum ensaio prévio.
Também durante o processo de composição, muitas bandas costumam utilizar jam sessions (“sessões de jam”) como forma de estimular a criatividade e criar material novo ou para conseguir gravações com interpretações naturais. Podem ser organizadas para atrair público, mas geralmente ocorrem sem nenhuma preparação prévia.
O cenário artístico de Nova Iorque durante a Segunda Guerra Mundial era famoso por suas jam sessions depois do horário de encerramento das casas noturnas. Uma das mais famosas era a da Minton’s Playhouse, na década de 1940 e início da década de 1950. Nomes de destaque nas jam sessions dessa casa eram os consagrados solistas Ben Webster e Lester Young, bem como os ainda desconhecidos Thelonius Monk (o pianista da casa), Charlie Parker e Dizzy Gillespie, que se tornariam líderes do movimento bebop. Nessas jam sessions, os solistas tentavam acompanhar a banda da casa e ao mesmo tempo competir entre si.
Com a popularização do termo e o aumento da proficiência dos músicos, o termo passou a ser usado também em outros gêneros musicais em que a improvisação é usada.
Programação
8h – Abertura da Feira de Artesanato e início das atividades ambientais como: mutirão de limpeza, oficinas e exposição de sementes do Cerrado, plantio de mudas ao redor do laguinho para preservação da nascente e outras atividades lúdicas.
8h30 – Demonstração de Wushu Sanda com o Grupo Tigre de Kung Fu
9h30 – Império do Guará
10h30 – Sensação Paraense
11h30 – Tambor de Crioula Flores de São Benedito
12h30 – DJ Micro
14h – Wagner Gamma
15h – Bolachões Soundsystem
16h30 – Mantendo a Identidade
17h30 –KingZulu
18h30 – Profans
19h30 – Lion Sound
20h30 – Deus Preto
Guará: “Cidade do Reggae”
O Jam Polo Reggae surgiu como um novo espaço para divulgação dos artistas e bandas do cenário regueiro candango, fortalecendo assim o reggae em nossa cidade, que é considerada a Cidade do Reggae no Distrito Federal.
O evento busca difundir e propiciar a cultura, por meio da música e da arte, utilizando a cultura reggae como ferramenta de transformação social, transmitindo a paz e o conforto do povo jamaicano para o Distrito Federal, mais especificamente na cidade do Guará. Com a intenção de integrar a comunidade com a cultura reggae e fortalecer os laços familiares.
O Guará é reconhecido como a “Cidade do Reggae” no Distrito Federal. A cidade abriga a maior coleção sobre Bob Marley fora da Jamaica, no Sindicato do Reggae, considerado a gênese do reggae no Distrito Federal.
As principais bandas do DF saíram do Guará e não é coincidência, pois foi na cidade que as pessoas ouviam, pesquisavam e movimentavam o reggae em Brasília.
Uma particularidade do Guará é ter sido o berço do reggae e do movimento rastafári no Distrito Federal nos anos 1970. Fundado na Jamaica, o rastafarianismo considera como deus o imperador etíope Haile Selassie (1892-1975), governante que esteve aqui em Brasília em 1960, quando se encontrou com Juscelino Kubitschek para uma visita diplomática.
Ricardo Retz
Luíz Ricardo Botelho de Sousa nascido e criado em Brasília-DF, mais especificamente no Guará, e falecido em abril desse ano, nos anos 90 ao encontrar muitos discos nas lixeiras, teve a ideia de colecionar o material e resgatar a cultura. Foi assim, recolhendo peças descartadas pelas ruas, ou até mesmo batendo de porta em porta, que o acervo foi sendo montando. Aos poucos ele ficou conhecido e se aproximou da comunidade.
Ricardo teve um espaço na Casa da Cultura, próximo ao Núcleo de Esporte e Lazer, no Guará. O local foi cedido pela Administração Regional como uma forma de incentivar a cultura. No local, estão empilhados mais de 7 mil vinis, 2 mil fitas cassetes, 1.500 compactos, 500 VHS, figurinhas e recortes de publicações relacionadas à música, set list dos diversos shows que assistiu, ingressos, credenciais, cartazes, panfletos, além de vários tocadores. Quase tudo arrecadado nas ruas, ou doados por moradores.
Além de colecionar, Ricardo Retz foi produtor e DJ desde os anos 90, movimentando o cenário da música através de encontros de colecionadores de discos de vinil, apresentação de bandas em vários locais e na produção de grandes bandas de Brasília.
Ricardo Retz era tão apaixonado pelo que fazia que mesmo tendo sofrido um acidente uns 11 anos que o deixou paraplégico, ele nunca deixou de fazer questão de sempre estar produzindo cultura em lugares que muitas vezem não tem nenhuma acessibilidade.
Alguns projetos se destacaram como o “Temos Nosso Próprio Tempo” que foi uma exposição de objetos e discos sobre a história do Rock de Brasília, e “Clube na Nossa Esquina”, que foi um projeto de circulação de música autoral nas esquinas de Brasília, que ambos foram patrocinados pelo Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC) e com grande repercussão.
Foi Organizador e produtor musical em 5 edições da passeata anual do Raul Seixas em Brasília(2015/2019), além de locutor e apresentador do Programa “Bandalheiras”) radio web Zoom usic(www.zoommusic.com.br E Dj. Piratas Disco Clube, bem como produtor do FICA 2019 (Feira de Incentivo da Cultura e Arte).
Retz como era carinhosamente conhecido pelos amigos foi Conselheiro Regional de Cultura do Guará por várias gestões.
Parque Urbano Denner
O Parque Denner surgiu de um projeto de construção de prédios e casa na região, que originou o Polo de Modas, em contrapartida o GDF, por meio do IBRAM, exigiu que fosse reservada uma área próxima a nascente para ser área de preservação. A partir desse momento a área foi cercada.
Em 2007 o parque era um grande matagal, então o GDF, por meio da Administração realizou um corte geral na vegetação e limpeza da área e construiu uma pista asfaltada para caminhadas e passeios ciclísticos e foram instaladas, pela CEB, dezenas de postos de iluminação.
O Parque Denner não se localiza dentro de Unidade de Conservação. É vizinho da APA do Planalto Central, do Parque Ecológico Ezechias Heringer e do Parque Ecológico e Vivencial Bosque dos Eucaliptos. Tem como infraestrutura pista de caminhada, parquinho e quadras.
O Parque possui uma nascente e trecho de campo de murundu alterado. É possível verificar que algumas áreas permanecem úmidas apesar das alterações que ocorreram dentro de sua poligonal e entorno. Um parque urbano com poucos atributos ambientais e grande uso da população.
Serviço
II Jam Polo Reggae
Uma Regueira Solidária pela Paz
#RetzVive
Data: 11 de dezembro de 2021 (sábado)
Local: Parque Denner (Polo de Moda – Guará II)
Horário: A partir das 8h
Informações:
(61) 98469-8754
Fotos e texto: colaboração da assessoria/Jam Polo Reggae
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