Segundo pesquisa, mulheres só ficarão ‘par a par’ com os homens no mercado de trabalho em 2096

MiniBio Fabiola Overrath, diretora de Operações e Pessoas do Educbank
A equidade de gênero no mercado de trabalho pode ocorrer somente no ano de 2096; apenas 10% das maiores empresas europeias têm cargos de lideranças equiparados; No Brasil, salários femininos equivalem a 77% dos masculinos; os números assustam e precisam ser debatidos

ESPECIAL DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Inúmeros estudos comprovam que ainda hoje as mulheres sofrem com a desigualdade no mercado de trabalho em relação aos homens. A presença delas no mundo corporativo ainda é menor do que a dos homens. O Educbank – primeira plataforma financeira dedicada às escolas brasileiras – não apenas acredita em equidade de gênero, como nasceu a partir dela: Fabiola Overrath é uma das cofundadoras.
 
Fabiola, que ocupa atualmente o cargo de diretora de Operações e Pessoas do Educbank, acredita que ainda há uma longa jornada a ser travada. “Por mais que nos últimos anos tenha crescido a quantidade de mulheres à frente de empresas, as oportunidades para lideranças femininas ainda são muito baixas”.
 
No Brasil, segundo levantamento feito pela BR Rating, primeira agência de rating de governança corporativa do país, em uma pesquisa feita com 486 empresas — que empregam de 200 a 10 mil funcionários, sendo 59% de nacionais e 41% multinacionais —, apenas 16% das companhias têm mulheres em cargos de diretoria.
 
A baixa presença também fica evidente na comparação em quadros executivos: 42% das empresas contam apenas com homens em cargos executivos, enquanto 56% das companhias têm ambos ocupando essas vagas. Apenas 2% das empresas têm apenas mulheres em quadros executivos. Na média, o percentual feminino em cargos executivos é de 23%.
 
O 8 de março, portanto, é um dia para reflexão a respeito de toda a desigualdade e a violência que as mulheres sofrem no Brasil e no mundo. “É um momento para combater o silenciamento que existe e que normaliza a desigualdade e as violências sofridas pelas mulheres, além de ser um momento para repensar atitudes e tentar construir uma sociedade sem desigualdade e preconceito de gênero”, complementa.
 
Fabiola iniciou sua trajetória na Ambev como vendedora e chegou até o cargo de Diretora de Gente e Gestão. Após 13 anos como executiva e à frente de grandes iniciativas de atualização de cultura e diversidade na companhia, teve uma passagem como People Advisor na Quero Educação e, ao acompanhar de perto o surgimento do Educbank, decidiu juntar forças para liderar a área de Operações e Pessoas do grupo.
 
Maternidade e mercado de trabalho: Fabiola é mãe e uma das cofundadoras do Educbank. Um estudo feito pela Rede Mulher Empreendedora mostrou que 75% das mulheres abrem uma empresa após a maternidade por ser a única maneira encontrada por elas para continuar trabalhando e tomando conta dos filhos.
 
Dados:
De acordo com a OIT (Organização Internacional do Trabalho), a presença das mulheres na direção das empresas cresceu tão pouco nas últimas duas décadas, que no ritmo atual levaria entre 100 e 200 anos para alcançar a igualdade de gênero nos altos cargos das companhias. A pesquisa comprovou que em 30% das empresas entrevistadas, não havia nenhuma mulher em sua direção e que em 65% das companhias, as mulheres representavam menos de 30% de todos os diretores. No Brasil a situação é pior, a pesquisa indicou que entre 5% e 10% das mulheres ocupam assentos nas direções. Além disso, segundo o IBGE, as mulheres recebem 77% do salário dos homens e essa diferença é ainda mais elevada em cargos de liderança, como diretores e gerentes. Segundo o Relatório Global de Gênero do Fórum Econômico Mundial, no Brasil, 61,9% das mulheres e 80,1% dos homens compõem a força de trabalho, sendo que elas representam 39,4% dos cargos de gestão no país. Em pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor 2020 em parceria com o Sebrae, dos 52 milhões de empreendedores no Brasil, 30 milhões (57,7%) são do sexo feminino. Ou seja, o levantamento indica que o Brasil é o sétimo país com mais empreendedoras no mundo. 
 
Um levantamento feito pela Kantar e intitulado Índice de Diversidade de Gênero (IDG), aplicado em 18 países, constatou que apenas 10% das maiores empresas na Europa, com ações na Bolsa, têm postos de lideranças equiparados entre homens e mulheres. Pode-se dizer que os desafios são globais ou mais acentuados nos países em desenvolvimento?
 
De acordo com o estudo “Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas” – uma iniciativa do Instituto Ethos com o BID, lançada em 2016 –, a igualdade profissional entre homens e mulheres só será atingida em 80 anos (a partir da publicação), se tudo continuar nesse ritmo. Você acha que é possível reduzir essa janela de 8 décadas?
 
Sobre a data:
O Dia Internacional da Mulher é comemorado, não só no Brasil, mas mundialmente no dia 8 de março. Esta data comemorativa foi oficializada pela Organização das Nações Unidas na década de 1970, a fim de simbolizar a luta histórica das mulheres que buscavam condições de vida equiparadas às dos homens.

Sobre o Educbank
O Educbank é a primeira plataforma financeira para Escolas de educação básica na América Latina. Disponibilizando o principal ecossistema de soluções financeiras, a companhia apoia instituições de ensino garantindo o recebimento integral das mensalidades (sem inadimplência), linhas de capital, meios de pagamento, além de outros benefícios como ERP escolar, LMS educacional, contabilidade, marketing, entre outros. O Educbank possui o compromisso de ampliar o acesso à educação básica de qualidade no Brasil. Mais informações no https://www.educbank.com.br/

Texto e foto: Mira Comunicação
Contatos da assessoria

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*