Sesc 24 de Maio traz a série Cinquentando sobre discos memoráveis lançados num Brasil de 1971

Álbuns históricos de Chico Buarque, Os Mutantes, Elis Regina, Caetano Veloso e Marvin Gaye são analisados faixa a faixa por convidados especiais como Roberto Menescal, Dante Ozzetti, Nuno Mindelis, Pedro Mariano e Mário Manga a partir de 18/06, sextas, às 20h

Entre os dias 18/06 e 16/07, sextas, às 20h, o Sesc 24 de Maio apresenta, no canal do Youtube da unidade, a websérie Cinquentando, em que pesquisadores e músicos brasileiros, como Roberto MenescalDante OzzettiPedro MarianoNuno Mindelis e Mário Manga analisam discos lançados em 1971, de faixas memoráveis que se entrecruzam com a história sociocultural do país.
 
Construção, de Chico Buarque; Jardim Elétrico, dos MutantesEla, de Elis Regina; Caetano Veloso com seu disco homônimo e What’s going on, de Marvin Gaye são os álbuns homenageados por esta série – dividida em 5 episódios – que conta ao público a importância de cada canção, os momentos que influenciaram as criações e seus criadores, além de referências e experiências vividas por cada um dos convidados, imersos nas realizações e nas críticas aos discos desses artistas consagrados da música. A condução de cada conversa é do escritor, jornalista e crítico musical Ricardo Alexandre.

Confira a programação completa da série Cinquentando
18 de junho (20h)Construção, de Chico Buarque, por Roberto Menescal
25 de junho (20h): Jardim Elétrico, dos Mutantes, por Dante Ozzetti
2 de julho (20h): Ela, de Elis Regina, por Pedro Mariano
9 de julho (20h): Disco homônimo de Caetano Veloso, por Nuno Mindelis
16 de julho (20h): What’s Going on, de Marvin Gaye, por Mário Manga
 
Roberto Menescal é instrumentista, compositor, cantor e produtor musical. Conhecido como um dos pioneiros da bossa nova dos anos 1960, além de ter recebido o Prêmio por Excelência Musical, entregue pela Academia Latina de Gravação, em 2013. Como produtor, trabalhou com artistas como Fábio Junior, Alcione, Emílio Santiago, Fagner, Maria Betânia, Gal Costa, além de receber o desafio de lançar o disco de Chico Buarque, “Construção”, após a volta de Chico do autoexílio.
 
Dante Ozzetti é compositor, arranjador, violonista e produtor musical. Ganhador de diversos prêmios da música brasileira, desenvolve um trabalho de criação musical junto com sua irmã, Ná Ozzetti. Dante é fã da banda Os Mutantes, tendo sido convidado pela irmã para produzir os arranjos musicais do disco Love Lee Rita (1996). Com a obra, foi indicado ao Prêmio Sharp como melhor arranjador. Também trabalhou com Patrícia Bastos, Consuelo de Paula, Ceumar, Regina Machado e Juliana Cortes.
 
Pedro Mariano é cantor, compositor e instrumentista. Filho da cantora Elis Regina e do pianista César Camargo Mariano, pisou pela primeira vez em um palco aos 12 anos. Foi integrante da banda Confraria, levando prêmios de melhor banda em festivais como o da Cultura Inglesa e Festivalda. Em 1994 optou pela carreira solo, lançando jingles e demos. Aos 20 anos, produziu junto com o irmão João Marcello, um tributo à mãe, no Tuca – teatro da PUC. Em 2020, Pedro lança em Canais Digitais (áudio e vídeo) seu mais novo trabalho, “A2”, produzido por Dudu Borges, em parceria com Analaga.
 
Nuno Mindelis é guitarrista, compositor e arranjador luso-brasileiro. Nascido em Angola, começou a tocar instrumentos construídos por ele mesmo aos nove anos de idade. Mudou-se com a família para o Brasil em 1975, identificando-se com as músicas do álbum de Caetano Veloso, lançado anos antes. Em 1990 lança seu primeiro disco solo, Blues e Derivados, recebendo vários elogios da crítica musical paulistana. É considerado um dos principais guitarristas de blues do Brasil. Seu último álbum, Angola Blues (2020) é dedicado ao país onde nasceu, trazendo a melancolia de viver longe de suas raízes como mártir para cada composição e arranjo musical.
 
Mário Manga é guitarrista, violonista, arranjador e produtor musical. Formado em Composição pelo departamento de Música da ECA-USP, trabalhou com Ivan Lins, Chico Cesar, Ná Ozzetti, dentre outros grandes nomes da música popular. Fundou a banda Premeditando o Breque (Premê), com letras e arranjos irreverentes, mesclando mpb, rock, choro e música erudita, na chamada vanguarda paulistana. Identifica-se com Marvin Gaye, por seu talento em experimentar novos arranjos. Durante a pandemia, o arranjador lançou a série de shows O Bom e velho, em que retrata a cena da música pop, através de um repertório que destaca as “levadas” inesquecíveis de Gaye. É compositor de trilhas sonoras para cinema, televisão, teatro e circo.

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