Após suspensão da eleição interna, Feira do Guará tem ‘clima de guerra’

  • Grupo que perdeu as eleições não aceita atual forma de gestão, que estaria sendo comandada pela antiga chapa, e situação desencadeia clima tenso, até com supostas agressões sofridas por um feirante que tenta na Justiça, novas eleições

POR AMARILDO CASTRO

Após a suspensão das eleições internas na Feira do Guará, em pleito que ocorreu no final de outubro de 2023 para escolha da nova chapa para gerir a Ascofeg, a associação que administra o local, em ato feito pelo desembargador Renato Rodovalho Scussel, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), há poucas semanas, a situação na feira continua muito tensa, e chegou ao ‘extremo’ na tarde do último sábado, 16.

Na ocasião, o feirante René Ramos de Sousa, que foi entregar um documento à secretária da Ascofeg, Neurivane Silva Moura, onde ele e um grupo de feirantes informam que teriam entrado na Justiça, pedindo ao Sindicado dos Feirantes de Brasília, na pessoa do presidente Francisco Valdenir Machado Elias, para que indique um gestor para a Feira do Guará até que se faça nova eleição após a suspensão do pleito. Ele disse à reportagem que quando subiu à sala da administração da feira para entregar o documento, Neurivane não teria recebido, e que em seguida, foram ‘convocados’ pela secretária um grupo de feirantes que apoiam a chapa que teria vencido as eleições em dezembro, incluindo o então presidente Valdinei Lima.

“Eles, além de não receberem o documento, pelo menos um me agrediu, me deu um soco e ainda me empurrou escadaria abaixo, e assim, não me restou outra opção a não ser registrar um BO”, citou René.

René disse também que não entende como o ex-presidente Cristiano Jales continua dentro da Ascofeg, já que o estatuto interno da feira não daria essa condição. “A reportagem teve a acesso a um áudio de Cristiano que também critica a situação, e chama as denúncias como intrigas da ‘quadrilha do bem’, mas na verdade, estariam prejudicando a feira.

A reportagem entrou em contato com Valdinei Lima, que até então, antes da suspensão das eleições era o presidente, que já tinha tomado posse. “Eles querem tumultuar, a feira não pode ficar assim, sem ninguém para gerir, então eu não estou na presidência, mas pertenço à gestão anterior, e por isso, enquanto não se resolve essa questão do registro da ata e a suspensão das eleições, a gente, um grupo, busca não deixar a feira virar uma desordem, porque não tem quem administre”, citou.

Sobre o fato de René afirmar ter sido agredido, ele nega. “Cadê o exame de corpo e delito, onde estão os hematomas, não tem nada, é só para tumultuar”, se defendeu.

Logo após a publicação da reportagem, René rebateu: “Tem exame de Corpo e Delito sim”, está no BO”, concluiu.

Observação: caso alguém mais da atual gestão (suspensa) ou da anterior queira se manifestar, o espaço está aberto.

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