Até quando vai morrer mais gente fazendo testes físicos da PM, seja no DF ou no Brasil?

POR AMARILDO CASTRO

Não sou especialista em atividades físicas, e muito menos em segurança pública. Mas, acompanhando o noticiário local e nacional há algum tempo, pergunto: quantas pessoas já morreram fazendo esses testes físicos nas forças de segurança, em especial na PM, seja do Distrito Federal ou outra unidade federativa?

A morte da jovem Gabriela Rosa, segunda-feira (29/1), supostamente por complicações após um Teste de Aptidão Física (TAF) da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) a que foi submetida um dia antes, quando teve um mal súbito e levada ao hospital, onde não resistiu, mostra um modelo de prova física, que antecede o curso de formação da PM após aprovação. Embora a gente não tenha muita informação sobre essa etapa, mas por quê isso precisa ser dessa forma? Por que a própria PM não dá uma orientação adequada a esses candidatos antes dessa prova, e se for o caso, se a pessoa não estiver preparada, poderia ser inclusive proibida de fazer tal teste.

Todo médico ou professor de Educação Física vai orientar uma pessoa a não fazer um esforço físico extremo caso não esteja preparada. O organismo é uma máquina que só funciona bem para determinadas atividades sob treinamento adequado. Ninguém que nunca praticou atividades físicas regulares está preparado para uma bateria de testes sob esforço extremo sem ter sido preparado para isso, e podem recorrer a qualquer especialista, uma pessoa sem um treinamento adequado par isso, corre sim, risco de morrer.

O caso de Gabriela Rosa não é isolado. Qualquer pessoa comum de hoje em dia fizer uma busca na internet, verá notícias sobre morte de jovens nesse tipo de teste. Não é uma coisa muito frequente, mas sempre tem.

Em 5.8.23, o noticiário nacional mostrava que um jovem de 25 anos morreu, naquela data após fazer o teste de aptidão física da prova da Polícia Militar, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. O então candidato, mostrava o texto a CNN, era do Estado de Goiás. Ele também passou mal durante a prova.

Assim, fatos como esses dois mostram que esse tipo de prova precisa mudar ou ao menos, que as PMs possam oferecer mais segurança para que sejam realizado sem essas fatalidades. Porque as PMs não dão uma estrutura mínima para que essa pessoas possam treinam durante algumas semanas sob orientação antes do teste final, poderia salvar vidas.

Depois do ‘leite derramado’, não tem mais volta. Ninguém vai trazer de volta a vida dessas pessoas que perderam a vida nesses testes.

Amarildo Castro é jornalista, editor do Blog do Amarildo

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