CIDADE OCIDENTAL – Lago Jacob ganha ‘fábrica’ de doce do marmelo durante corrida

  • Empresária, que vem de uma família que produz marmelada há mais de 200 anos fez questão de mostrar aos moradores da cidade todo o processo artesanal na produção do doce

POR AMARILDO CASTRO

Era para ser somente mais uma ‘Corrida do Marmelo’, um evento esportivo que é realizado há 17 anos na Cidade Ocidental, na parte Sul da Região Metropolitana do Distrito Federal. Mas uma parceria com a prefeitura local incentivou a empresária Andreia Carvalho Gonçalves, 40, que está na sétima geração da família Gonçalves a dar continuidade a uma tradição que já dura mais de 200 anos, a produção artesanal do doce do marmelo, em outras palavras, a famosa marmelada.

Ela explicou que se sente muito feliz em poder levar adiante essa tradição familiar, que é esse doce artesanal, produzindo aos moldes do Brasil colonial, com tacho de cobre, colher de pau, e uso da lenha tradicional, madeira mesmo, seca.

Em um terreno não muito grande, próximo à Cidade Ocidental, ela conta que a família sempre praticou essa atividade, e que desde cedo, foi incentivada a dar andamento ao negócio. E diz ainda que a atividade cresceu nos últimos anos, e que a capital Goiânia é a principal cidade consumidora de seu produto.

Andreia e o filho Cauan: “É um desafio esse processo artesanal, mas dá satisfação manter essa tradição”

No último domingo, 4, ao lado de uma pequena equipe e do filho Cauan, de 16 anos, Andreia levou para às margens do Lago Jacob uma pequena fábrica móvel, onde o doce do marmelo foi produzido em tempo real e distribuído gratuitamente, como amostra grátis, a diversos corredores. Mas quem gostasse, teve a chance de levar para casa, pagando um valor promocional, uma caixinha de madeira com o doce, bem ao estilo caseiro.

Alguns atletas pararam para comprar o doce e acompanhar de perto o processo de fabricação ‘ao vivo’

“Faz um tempinho que estou nesse ofício, mas agora estou repassando ao meu filho Cauan Gonçalves o negócio, e espero que ele continue dando prosseguimento a essa tradição bicentenária, que eu acho maravilhosa”

Andreia Gonçalves, empresária no ramo do doce do marmelo artesanal

Andreia explica que um pé de marmelo leva em média 8 a 10 anos para produzir. “Não tenho tantos pés, então a gente acaba comprando parte das frutas de outros produtores, produzimos a massa e vamos fabricando aos poucos, a uma média de 2 mil caixas por mês”.

Além das caixinhas em madeira, Marmelada Santa Luzia também é vendida em barrinhas

Ela finaliza dizendo que sua empresa, a Marmelada Santa Luzia, tem como principal desafio hoje, manter a tradição por conta da pressão dos condomínios por terras, além de um certo desafio por mão de obra, mas pretende manter o negócio ‘a perder de vista’, agora com a ajuda do filho.

A produção da Marmelada Santa Luzia fica na Fazenda Pindaibal, ao lado do bairro Mesquita, na Cidade Ocidental.

Para entrar em contato, basta passar uma mensagem para: @marmeladasantaluzia

Fone: 61-3502-1300

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