Com ‘seca’ de mídias, jornalistas, influencers, blogs e jornais que atuam em Valparaíso agonizam

Foto ilustrativa de pixabay.com, com montagem
  • Em pleno ano eleitoral, órgãos institucionais da cidade dão longa pausa em campanhas midiátricas, prejudicando quase uma centena de profissionais e prejudicando a própria comunidade

POR AMARILDO CASTRO

Está dando o que falar (só de boca em boca) porque na mídia em geral até agora ninguém teve coragem de falar, a ‘seca’ de campanhas publicitárias na cidade de Valparaíso de Goiás. Blogs, jornais, influencers, tvs web , rádios e os próprios profissionais de imprensa há pelo menos três meses não sabem o que é mais verba de algum órgão institucional. Isso inclui prefeitura local, Câmara Municipal, Governo de Goiás, Governo Federal e algumas outras instituições, como o Detran, que também podem e fazem campanha institucionais. Em Valparaíso, dessas instituições, nos últimos meses, praticamente ninguém recebeu qualquer tipo de recurso.

Junta-se essa situação ao pouco interesse das empresas maiores, como os atacadistas, que poderiam usar dos canais de mídias da cidade para fazer alguma divulgação, que também não o fazem. Há algumas exceção, como o Supermercado Varejão, que colabora com alguns parceiros.

Assim, os profissionais de mídia que atuam na cidade passaram a viver de bicos, de empréstimos e outras alternativas. Para piorar, alguns tentam alternativas no Distrito Federal, que por sua vez, exige um CNPJ daquela unidade federativa. Como maioria dos profissionais de Valparaíso têm empresa instalada na própria cidade, não conseguem atuar no DF quando o assunto é verba institucional.

Ao mesmo tempo, tanto a Câmara de Vereadores, assim como a prefeitura perdem a chance de divulgar melhor seus serviços, e atualmente recorrem às suas redes sociais, que no geral, são ligadas aos próprios servidores locais.

Outro fato que chamou atenção na cidade foi o ‘calote’ promovido por um ex-presidente da Câmara de Valparaíso na mídia em dezembro de 2023. Muitos receberam autorização para publicar uma campanha institucional, que por fim, não receberam os valores acordados. É bom lembrar a culpa não foi ‘da Câmara’, e sim do tal agora ex-presidente, que não honrou com o compromisso feito e prejudicou cerca de 30 profissionais e empresas de mídia.

Com a falta de recursos, muitos ainda não estão conseguindo honrar aluguéis, e alguns despesas

Promessas

Apesar da situação caótica para o grupo que representa as mídias na cidade, há promessas de campanhas a partir de março, tanto da prefeitura local, quanto do Estado de Goiás. Nesse turbilhão de incertezas, a Assembleia Legislativa de Goiás é uma das poucas instituições que faz algum tipo de campanha na cidade, mas para poucos até aqui.

E relação à Câmara de vereadores, nenhum contrato com agência foi aditivado e há comentários de que estaria ocorrendo uma licitação, mas até agora nenhum edital foi publicado. Mas há promessas feitas pelo novo presidente, Alceu Gomes (PL), de que a situação será resolvida. Mas também já se passaram dois meses…

Os profissionais do meio aguardam tanto do prefeito Pábio Mossoró, quanto do presidente da Câmara, assim como do Governador Caiado uma atenção maior para a divulgação dos serviços dessas instituições na mídia local, porque a imprensa nunca foi uma ‘camisa’ de força contra esses órgãos, e sim parceira. Quando há demandas, divulgamos, quando há bons projetos, a mídia é a primeira a divulgar. Mas sem recursos, todos do meio agonizam.

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