Estado oferece atenção especial às vítimas de picadas de cobras

Secretaria da Saúde conta com unidades de referência em todos os municípios polo dotadas de insumos, equipamentos e profissionais habilitados para atender pessoas picadas por cobras
  • Governo de Goiás disponibiliza soro antiofídico, serviço de utilidade pública e unidades especializadas para assistência às vítimas, além do Ciatox-GO, que por meio do telefone 0800-646-4350 presta atendimento 24 horas

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO), disponibiliza um serviço de utilidade pública para orientações às pessoas atingidas por picadas de cobra e aos profissionais de saúde. O Centro de Informações e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox-GO) atualiza as equipes responsáveis pela assistência, vigilância epidemiológica e prevenção por meio de cursos realizados em caráter de rotina e distribui o soro antiofídico fornecido pelo Ministério da Saúde (MS) às unidades de saúde estratégicas e especializadas localizadas em municípios das 18 regionais de saúde no estado (veja lista abaixo). 

Em Goiás e no Brasil a questão chama a atenção das autoridades públicas de saúde. No estado, conforme registros da Secretaria da Saúde, entre os anos de 2020 e 2022 foram 4.306 pessoas vítimas de envenenamento por picadas de cobra. No país, dados do Ministério da Saúde revelam que a cada ano mais de 30 mil pessoas sofrem acidentes causados por serpentes. O número sobre para cerca de 2,7 milhões de pessoas na estatística mundial.

Esse tipo de acidente, que poderia ser evitado com a adoção de condutas simples, como o uso de botas ou perneiras e luvas, pode causar a morte da pessoa ou sequelas irreversíveis como necrose, atrofia ou insuficiência renal. Em função da gravidade do problema, organizações que trabalham em prol da saúde global instituíram em 2020 a data de 19 de setembro como o Dia Internacional de Conscientização sobre Picadas de Cobra.

Serviços e soro antiofídico

Médica veterinária do Ciatox-GO, Veruska Castilho de Oliveira Neve destaca que em Goiás o problema afeta, na grande maioria, os trabalhadores rurais. Ela explica que o atendimento rápido para evitar a gravidade do envenenamento é fundamental. E enfatiza que, muitas vezes, as crenças tradicionais ou populares, cultivadas pelas pessoas em geral, contribuem para a demora na assistência. 

As orientações às vítimas ou familiares são: lavar o local da picada com água e sabão, ir imediatamente a um serviço de saúde, jamais usar garrotes na região afetada, conduzir a pessoa até a unidade de saúde em repouso e, ainda, tirar foto ou descrever as características do animal agressor para que ele seja identificado e seja administrado o soro específico, caso necessário.

Em Goiás, as 18 Regionais de Saúde recebem os diversos tipos de soro antiveneno a serem enviados aos municípios adscritos. Em todos os municípios polo existem unidades de referência dotadas de insumos, equipamentos e profissionais habilitados.  O paciente deve ser levado à unidade mais próxima do seu domicílio. Caso a unidade não tenha o soro antiofídico, a equipe de profissionais providenciará o soro para a unidade de saúde ou encaminhará o paciente até a unidade de referência.

Atualmente a equipe do Ciatox-GO está em planejamento, visando o redimensionamento da distribuição dos diversos tipos de soro antiveneno e fortalecimento das ações de educação permanente para as equipes das unidades de saúde. Essa força tarefa tem como objetivo qualificar a oferta deste serviço para que possa atender, em tempo oportuno, cada uma das 18 Regiões de Saúde do Estado, a partir das necessidades sanitárias da população. 

Serviço

Telefones do Centro de Informações e Assistência Toxicológica de Goiás (Ciatox-GO)

08006464350

08007226001

Número de vítimas em Goiás entre 2020 e 2022

2020 – 1.437

2021 – 1.594

2022 – 1.275

Total – 4.306

Medidas preventivas: Evitar os 4 As

*1 – Acesso*

Vedar frestas de portas, janelas, tapar buracos ou rachaduras em paredes. 

*2 – Abrigo* 

– Manter a casa e as áreas ao redor limpas (lixo e entulhos podem servir de abrigo e até proliferação destes animais)  

– Examinar calçados, cestos, balaios. 

– Não colocar a mão em buracos e sempre utilizar botas ou perneiras e luvas de couro ou de raspa ao adentrar em locais de matas, ao praticar jardinagem e horticultura. 

*3 – Alimento*

– As serpentes vão aonde existe alimento para elas (celeiros, paióis, ratos e cobras).

– Redobrar cuidados para questões de higiene e limpeza dentro e fora das residências, não jogar nem permitir que joguem lixo em lotes baldios.

*4 – Água*

– Algumas serpentes podem ser encontradas em locais próximos a riachos (jararacas), outras preferem se esconder em buracos e folhagens e troncos de árvores.

Não manipule serpentes: é perigoso. Matar e maltratar é crime ambiental! Elas têm importância ecológica e seu equilíbrio acontece naturalmente. Caso se depare com esse animal em área urbana, acione o Corpo de Bombeiros no telefone 193. 

Encontre as unidades de assistência especializada no Estado no endereço: https://www.saude.go.gov.br/files/vigilancia/toxicologica/POLOSDESOROTERAPIAANTIVENENO-MUNICIPIOSPORORDEMALFABETICAatual.pdf

Foto: Divulgação SES-GO

Secretaria de Estado da Saúde – Governo de Goiás

Seja o primeiro a comentar

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado.


*