GUARÁ-DF / Assassino confesso de Dona Geralda se diz arrependido e teria matado por ‘reação’

José Paulo Trindade foi preso no sábado, 30 e já foi ouvido pelos agentes da 4ª DP e enviado ao DPE

POR AMARILDO CASRO (TEXTO E FOTOS)

Está praticamente tudo desvendado sobre um dos crimes de maior repercussão no Guará em 2021, o assassinado da idosa Geralda Cândida Santos Nascimento, de 79 anos. Ela foi morta em 6 de dezembro de 2021, na sua própria casa, na QE 30 do Guará II ao abrir a porta para um desconhecido, que oferecia serviços de marcenaria. Ela foi assaltada e morta, pelo agora assassino confesso José Paulo Trindade, de 64 anos.

De acordo com o delegado Anderson Espíndola, da 4a DP, que coordenou as ações para prender Trindade, assim como participou ainda da interrogação ao criminoso (Trindade já foi julgado por crimes de estupro e roubo, até então era foragido da Justiça), o homem confessou ter assassinado Dona Geraldo porque ela teria reagido, e que se arrepende de ter feito o que fez. De acordo com o delegado, o criminoso chegou a dizer que teria acabado com a vida dos familiares dela e dele mesmo. Trindade foi interrogado na 4ª DP no mesmo dia de sua prisão, e enviado ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).

No entanto, chama atenção a capacidade de Trindade em continuar no mundo do crime, mesmo se dizendo arrependido. A Polícia Civil tem mais provas de que mesmo após o assassinato de Dona Geralda o homem continuou praticando crimes, sempre batendo de porta em porta oferecendo serviços, mas que no fundo, a intenção era roubar. “Um criminoso voraz, não muda”, disse o delegado Anderson. Chama atenção ainda a capacidade física debilitada do homem, que manca bastante da perna esquerda por sofrer de um problema de articulação, mesmo assim, saia às ruas a pé para roubar usando seu método de invadir casas quando percebia que havia somente idosos ou pessoas frágeis.

O delegado Anderson Espíndola mostra cópia da identidade falsa usada por Trindade para tentar despistar as investigações: “Tentou enganar a todos achando que não seria preso”

A prisão

De acordo com o delegado Anderson Espíndola, José Paulo vinha sendo monitorado pelos agentes desde que fugiu, logo após o crime. Depois dos registros dele pegando um ônibus em direção à Planaltina de Goiás, a PCDF o monitorava com passagens dele por comunidades do Rio de Janeiro, e posteriormente Goiás e São Paulo. “No Rio, era mais difícil prendê-lo porque ele se escondia nas comunidades, dificultando ações da polícia, mas desde que decidiu retornar a Goiás e São Paulo, as coisas foram ficando mais fáceis para nós, assim, só aguardávamos o momento certo para prendê-lo”, comentou Anderson à reportagem do Blog do Amarildo. Ele foi detido no sábado, 30, às 9h em uma praça de Ribeirão Preto (SP).

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