Aos sete anos, garoto de São Sebastião revela ter futuro promissor com desenhos

Prática começou no mês de março deste ano, quando Fillipe Gabriel teve que interromper atividades esportivas na Vila Olímpica por causa da pandemia coronavírus

Texto de Amarildo Castro – O dia a dia agitado do pequeno Fillipe Gabriel Alves de Carvalho, de 7 anos era uma rotina até o início do último mês de março, quando tinha que conciliar estudos com atividades esportivas da Vila Olímpica de São Sebastião, cidade onde mora com seus pais. Lá, fazia natação, o seu esporte preferido. Mas tudo mudou quando por causa da paralisação de todas as atividades da Vila Olímpica, assim como nas escolas devido à pandemia coronavírus.

Dessa forma, as mudanças vieram e atingiram em cheio praticamente todos os moradores do Distrito Federal, especialmente as crianças, que desde então, nem mesmo podem frequentar um parquinho infantil. E para Fillipe não foi diferente. A vida para ele naquele momento ficou meio sem graça, como ele mesmo diz.

Fillipe iniciou trabalhos como mero robby, mas pais querem investir no talento do garoto desde já

Mas o que fazer diante de um cenário tão atípico, nunca visto antes na cidade desde sua fundação. Tudo parecia sem rumo. Mas não para o pequeno Fillipe Gabriel, que buscou no desenho uma fonte de inspiração para que os seus dias voltassem a ter a alegria de sempre, ou ao menos parte dela recuperada. E o caminho para isso foi o desenho.

Como o pequeno já tinha um pouco de facilidade para desenhar, começou a replicar traços de seus heróis favoritos no papel. Entre eles, bonequinhos do Lucas Neto, Turma da Mônica, Homem de Ferro, Homem-aranha e Flash.

O pequeno artista tem o dom de mudar o perfil dos bonecos que tem em casa por meio de seus novos desenhos

De acordo com os pais, Hugo Divino de Carvalho e Kátia Cristina Carvalho, desde cedo o Fillipe já demonstrava aptidão para o desenho, mas nunca imaginaram que ele seria capaz de desenhar da forma que está desenhando com apenas 7 anos. “Ele pediu material de desenho, e a gente foi incentivando. Assim, quando percebemos, ele já fazia um desenho praticamente profissional, mudando inclusive a postura dos bonecos, como rostos transformados em sorrisos e caretas, algo sensacional”, diz o pai.

A mãe, como fica mais em casa, consegue dar bastante apoio, sempre incentivando o filho. “Vejo nele, pela idade, um talento, por isso a gente quer investir nele, na sua habilidade, porque me parece algo natural dele”, comenta Kátia.

Agora a família busca forma de prosseguir a jornada, preparando o garoto para futuros trabalhos ou simplesmente ajudando-o a aprimorar sua arte. “A gente está feliz por ver o interesse dele nessa arte e acreditamos que pode ser o primeiro passo para uma vida de sucesso no segmento, vamos continuar apoiando”, diz o pai Hugo.

Ele afirma que a iniciativa de Fillipe o leva a pedir para que outras crianças valorizem a leitura e a arte como forma de superar momentos difíceis e para amadurecimento de uma profissão. “Já conseguimos até uma bolsa em uma escola particular para ele aperfeiçoar mais o dom, e assim esperamos que seja o primeiro passo”. Diz Hugo.

Ele acrescenta que alguns resultados já começaram aparecer, como a gravação de um vídeo educativo a pedido do GDF gravado pelo pequeno Fillipe, onde fala sobre os cuidados com o novo coronavírus.

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