Suspeita do Executivo local é que sindicato que representa a categoria dos educadores de Valparaíso seja o responsável pela ação. Prefeitura informa que não vai interferir no direito de greve dos profissionais, mas não aceita interferência no patrimônio público
POR AMARILDO CASTRO
A greve dos professores, deflagrada na última quarta-feira, 16, trouxe o primeiro episódio na cidade. Na manhã desta quinta-feira, 17, quem tentou trabalhar nas escolas municipais, na maioria das unidades, encontrou os portões trancados com correntes e cadeados, com equipamentos que não fazem parte do patrimônio da prefeitura, o que gerou revolta entre algumas pessoas, que, segundo a prefeitura, queriam trabalhar e não puderam entrar. Diante do fato, o próprio prefeito Pábio Mossoró (MDB), informou que o Executivo local teria feito um boletim de ocorrência e acionado o jurídico para uma solução. “Não somos contra o direito de greve, fizemos um grande esforço para dar o aumento de 10,60% na data base dos profissionais da Educação, assim como 7% sobre o piso. Eles querem mais, merecem mais, mas não há orçamento para um valor maior que este, então a gente fez nossa parte”, citou à reportagem.
O prefeito ainda rebateu o SINDSEPEM/VAL, que por meio de sua diretoria, havia informado sobre a dificuldade de se reunir com membros da prefeitura. “Recebemos eles sim, mais de uma vez, inclusive na segunda-feira, dia 14/3, por meio da secretária de Educação, professora Rudilene Nobre” pontuou. Em material o qual a reportagem do Blog do Amarildo teve acesso, há fotos de portões que teriam sido trancados na madrugada desta quinta-feira, 17, e que segundo a prefeitura, não seriam pessoas autorizadas para tal ação, e nem o equipamento usado faz parte do patrimônio das escolas que tiveram os portões cerrados.
A reportagem ouviu o Sindicato dos Servidores Públicos e Empresas Públicas Municipais de Valparaíso de Goiás (SINDSEPEM/VAL) representado por Marcilon Duarte. Ele negou que os portões tenham sido cerrados pelo pessoal do sindicato, e garantiu que a entidade continua lutando pela substituição do PL 213 na Câmara, por algo que seja mais adequado à categoria. Na prática, pede 15% sobre a data-base e 19% sobre o piso salarial.
ABAIXO, VEJA VÍDEO COLETADO EM UMA DAS UNIDADES ESCOLARES NA MADRUGADA DESTA QUINTA-FEIRA, 17
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